Publicada em 06/12/2018, às 12h46
Por Giovana Rebuli Santos (girsantoseira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Matheus Thebaldi
Centro de Referência promove mesa de debates sobre HIV/Aids
Na tarde desta última quarta-feira (5), dezenas de profissionais da saúde, pessoas que convivem com o vírus HIV, familiares e estudantes estiveram no auditório do Centro de Referência em Infecções Sexualmente Transmissíveis (Crist) para assistir à mesa de debates "HIV/Aids em tempos de prevenção combinada".
O evento fez parte das ações da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) em alusão ao Dia Mundial de Luta Contra a Aids, celebrado no dia 1º de dezembro.
Durante o evento, a médica infectologista do Hospital das Clínicas (Hucam) Cláudia Biasutti explicou sobre a importância do uso de formas de prevenção diferentes e combinadas entre si para aumentar a proteção ao vírus.
"Há várias formas de prevenção, de acordo com cada situação, mas uma não exclui a outra. Assim, a pessoa pode usar o preservativo e também fazer regularmente testes rápidos para HIV ou outras IST´s. Se a pessoa já convive com o vírus, deve fazer o tratamento para reduzir a carga viral e também usar preservativo", explicou.
Campanha
A referência técnica em IST da Semus, Rozangela Locatelli, falou da nova campanha do Ministério da Saúde, “Sou + Estou Indetectável”, que aborda o tratamento para que a carga viral seja tão baixa que a pessoa com HIV não transmite mais o vírus.
"A carga viral indetectável é um avanço, mas não podemos esquecer o preservativo pois ele protege contra todas as IST´s: sífilis, hepatites, HPV... Adquirir uma infecção sexualmente transmissível mostra que a pessoa está mais vulnerável", declarou.
Dario Sérgio Rosa Coelho, representando a Rede Nacional de Pessoas vivendo com HIV/AIDS (RNP+), elogiou a campanha "Sou + Estou Indetectável" por informar à sociedade que algumas pessoas vivem com o vírus e não o transmitem, o que contribui para diminuir o preconceito.
Porém, ele ressaltou a importância do preservativo nas rotinas das pessoas. "A camisinha não protege apenas contra a Aids, mas contra todas as IST´s. Por isso o preservativo não pode ser esquecido", ponderou.