Publicada em 27/05/2017, às 13h42

Por Milene Miguel, com edição de Matheus Thebaldi

Simulado de acidente de trânsito chama atenção na orla e desperta para cuidados


Divulgação Semus
Simulado Maio Amarelo
Divulgação Semus
Simulado Maio Amarelo

Correria e gritaria entre feridos, ambulâncias, policiais e médicos. Quem passou na manhã deste sábado (27) pela avenida Dante Michelini, na altura de Jardim da Penha, deparou-se com uma situação impactante e quase real. Lá aconteceu a simulação de resgate a múltiplas vitimas em acidente de trânsito.

O III Simulado Nacional de Atendimento a Múltiplas Vítimas de Trauma no Trânsito foi organizado pela Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado (SBAIT) e pelo Colégio Brasileiro de Cirurgião do Espírito Santo. A ação teve como objetivo testar os fluxos e protocolos no atendimento ao politraumatizado, além de fazer com que as pessoas reflitam sobre a importância do respeito às leis de trânsito.

O evento reproduziu diversas situações de acidentes, como atropelamento e falta do uso do cinto de segurança, e envolveu 40 vítimas, sendo uma de óbito (cor preta), quatro em situação grave (cor vermelha), oito em situações urgentes (cor amarela) e 28 de casos leves (cor verde).

Para cada vítima, havia um "sombra", que era um aluno de Medicina de período mais avançado que observava os procedimentos tomados pelos órgãos competentes e aferia o tempo de resposta desenvolvido por eles, a fim de certificar se as equipes estão realizando um trabalho integrado e de qualidade.

Ocorrências reais

A operação mostrou o atendimento bem próximo da realidade e seguiu o protocolo de ocorrências reais. A ação faz parte do calendário de atividades promovidas pela Prefeitura de Vitória no movimento Maio Amarelo e também contou com a participação de Guarda Civil Municipal de Vitória, SAMU 192, Corpo de Bombeiros, Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), profissionais do Comitê Brasileiro das Ligas do Trauma, alunos de Medicina da Emescam, Multivix, UVV e Ufes, Polícia Militar, Programa Vida no Trânsito de Vitória, Detran e Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (NOTAer). 

Na ocasião, alunos da Liga Acadêmica de Cirurgia do ES (Lacies) e profissionais do Comitê Brasileiro das Ligas do Trauma realizaram uma panfletagem educativa com materiais do Programa Vida no Trânsito e sobre o Diagnóstico de Acidentalidade no Trânsito da capital.

"As lesões causadas pelo trânsito são um problema provocado pelo ser humano que podem ser previstas e prevenidas por intervenções de segurança. Uma análise racional dos fatores de risco e das causas das colisões entre veículos, além de atropelamentos, é fundamental para subsidiar intervenções que previnam as colisões, bem como suas conseqüências, que são as lesões e as mortes", defende a gerente do Programa Vida no Trânsito de Vitória, Jacira dos Anjos Pereira.

Maio Amarelo

O movimento Maio Amarelo tem por objetivo chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. 

A intenção é colocar em pauta a segurança viária e mobilizar toda a sociedade para discutir o tema, estimulando o cidadão a promover atividades voltadas à conscientização e à avaliação de riscos sobre o comportamento de cada um, dentro de seus deslocamentos diários no trânsito.

Dados de Vitória

Dados da Coordenação de Informação da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) revelam que o número de óbitos de moradores de Vitória no trânsito vem caindo nos últimos quatro anos: de 37 para 28. Em 2013, foram 23 mortes; em 2014, 16; em 2015, 13; e em 2016, 10. O número de óbitos em geral nos acidentes de trânsito no município também caiu no mesmo período: de 81 para 60.

Na capital, as principais causas de acidentes são: excesso de velocidade, atitude imprudente dos pedestres e direção perigosa do motociclista. As vítimas mais vulneráveis são pedestres (principalmente população idosa) e motociclistas. 

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Simulado Maio Amarelo
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Simulado Maio Amarelo
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