Prefeitura de Vitória

Diante da pandemia do coronavírus, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) tem prestado alguns atendimentos por videoconferência a seus assistidos.

O ex-educador social do Cajun Santo André Elias Belmiro, de 51 anos, está sendo acompanhado pela Escola da Vida através de uma parceria com o coach e trainner em PNL Guilherme Klaws.

"A esperança está no ar. A Escola da Vida, por meio do Guilherme, tem me ajudado no discernimento das coisas. Como fiquei sete anos nas ruas, perdi minha moral e meu caráter", disse Elias.

Guilherme Klaws afirma que o coaching e a PNL (Programação Neurolinguística) são ótimas ferramentas para trabalhar autoconfiança e metas e trazem resultados positivos nos relacionamentos, comportamento e na aprendizagem. A PNL ainda ajuda a potencializar as capacidades de uma pessoa.

"No caso de Elias, o que ele deseja mesmo é voltar a ser o que sempre foi: um ótimo músico. E o que mais ele quer é ajudar pessoas através da música. Ele sonha em montar uma orquestra de violões com jovens. Tenho utilizado algumas ferramentas do coaching e da PNL para resgatar a identidade e os valores dele fragilizados durante o tempo em que o assistido ficou nas ruas", esclarece Guilherme.

Toda a atividade desenvolvida segue um roteiro de cinco etapas de um processo de coaching: clareza de onde ele está e o que deseja se tornar, planejamento da caminhada, ação para o estado desejado, ajustes da caminhada e o resultado esperado.

Horizontes

"O nosso músico Elias Belmiro conseguiu despertar novas perspectivas e enxergar outros horizontes. O que estamos fazendo por ele é ajudá-lo na construção do seu propósito de vida e sua identidade. A Escola da Vida, junto com a parceria do Guilherme, continua atendendo ele, mesmo que on-line, a trilhar seus objetivos de vida pessoal e profissional", explica o gerente da Escola da Vida, Luiz Melo.

História

Elias conta como foi sua história de superação e como teve forças para deixar a situação de rua. Durante sete anos, o músico conta como foi viver como pessoa em situação de rua e como está lutando contra a dependência alcoólica com a ajuda do Centro de Atenção Psicossocial (Caps).

"Fui parar nas ruas porque vendi meus bens e não tinha mais emprego para me sustentar. Eu achei que queria ser um pouco livre", reconhece o assistido.

Elias, inclusive, teve a chance de ser educador do Cajun. "O Cajun de Santo André fez parte da minha vida por 10 anos. Foi uma experiência maravilhosa poder trabalhar com crianças e adolescentes. Aos poucos, fomos nos conhecendo. Teve um episódio bem interessante, em cerca eles participaram da gravação de um DVD com as imagens de São Pedro", recordou.

"Ele se dedicava muito à música e às crianças. As famílias têm lembranças boas dele, pois era um excelente profissional. Trabalhamos juntos no Cajun de Santo André", lembra a coordenadora atual do Cajun de Conquista e Nova Palestina, Sônia Maria Neves.