Prefeitura de Vitória

O show da banda Dead Fish foi muito esperado pelo público hardcore no Viradão Vitória 2019. Relembrando os memoráveis tempos do “Dia D”, o cenário underground ganhou o palco do Quintino Bocaiuva na quarta edição do Viradão Vitória. A chuva não atrapalhou o show, que começou ao som de "O outro lado da moeda". 

"Estou muito ansiosa para ouvir as músicas do novo CD, que está cheio de crítica ao cenário político atual no País", comentou a técnica em Edificações Francieli Peres. 

O curitibano criador de desenhos animados Thomaz Costa veio a Vitória só para ver o show da banda. "Mais de 15 anos sem ver o Dead Fish. Vim curtir com minha namorada", contou. 

Exibindo bandeiras de movimentos sociais, o vocalista Rodrigo Lima empolgou a galera. Com muitas rodas de "mosh" e pulos do palco, o público cantava junto todos os grandes sucessos do Dead Fish. 

A professora Soraya Vieira ganhou o palco junto da banda e mais duas amigas, cantando "Mulheres Negras" e pedindo justiça por Marielle Franco, que foi morta no Rio de Janeiro. "Foi muito emocionante cantar e poder trazer reflexão e protesto. Em todos os shows, a banda permite que mulheres ganhem a cena e hoje foi o dia de Marielle", destacou. 

Com uma grande roda, chamada por Rodrigo de "a maior roda do Viradão", a banda se despede e agradece a todos pela presença na cidade da avó do vocalista. 

Banda

Banda capixaba, formada em 1991, Dead Fish é uma banda de hardcore. Com quatro discos e muitos demos, hoje o grupo é composto por Rodrigo Lima (vocal), Marcos Melloni (bateria) e Ricardo Mastria (guitarra).

O grupo conquistou projeção no âmbito nacional através do disco Zero e Um, lançado pela Deckdisc em 2004, com produção de Rafael Ramos e mixado por Ryan Greene, responsável por faixas-símbolo do hardcore mundial.