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Vitória avança na consolidação de seu Ecossistema de Inovação
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Por Bárbara Bueno Sá (barbara.saeira$4h064+pref.cdtiv.com.br), com edição de Andreza Lopes
O Encontro do Ecossistema de Inovação de Vitória reuniu no Sebrae Lab, nesta sexta-feira (5), representantes do poder público, instituições de ensino, hubs de inovação, empresas e demais agentes do setor para apresentação dos resultados do mapeamento realizado pela CDTIV, Sebrae e TecVitória. O estudo traz um diagnóstico atualizado e estratégico sobre o ambiente de inovação da capital e aponta caminhos para fortalecer a articulação entre os atores que já atuam na cidade.
Além da apresentação do levantamento, o encontro promoveu uma dinâmica colaborativa de análise, escuta e cocriação, permitindo que os participantes identificassem coletivamente desafios, oportunidades e prioridades para o desenvolvimento do ecossistema. Estiveram presentes o diretor-presidente da CDTIV, Marcus Gregório; a diretora de Inovação, Bárbara Ohanna; a subsecretária de Gestão e Planejamento de Vitória, Magna Rocha; o vereador Pedro Trés; a gerente de Inovação do Sebrae, Jessika Gomes; O Relações Institucionais da Findes, Iomar Cunha, além de outras lideranças empresariais, pesquisadores, empreendedores e representantes de instituições estratégicas.
O mapeamento revelou um ecossistema que, embora ainda se perceba em processo de amadurecimento e articulação, apresenta forte potencial de crescimento. Entre os entrevistados, 70% afirmaram acreditar que Vitória reúne condições concretas para se consolidar como um polo nacional de inovação. O levantamento também mostrou uma convergência semântica significativa nas percepções dos atores sobre o que impulsiona a inovação no município, com destaque para termos como solução, impacto, transformação, colaboração, tecnologia e desenvolvimento. Indicadores de um entendimento compartilhado sobre o papel estratégico da inovação para o futuro da cidade.
O estudo também identificou oportunidades importantes, como a força acadêmica das universidades, o crescimento acelerado de startups e hubs, o investimento de empresas consolidadas em tecnologia, o capital humano qualificado e a posição geográfica estratégica de Vitória. Ao mesmo tempo, destacou desafios que precisam ser enfrentados, a importância de construir uma governança estruturada, o aprimoramento da integração entre os atores e a necessidade de criação de rituais permanentes de encontro, métricas claras e monitoramento contínuo de resultados.
As discussões durante o encontro mostraram que a percepção dos presentes está alinhada ao diagnóstico apresentado. As trocas foram intensas, francas e colaborativas, e reforçaram um consenso entre os participantes: para que o ecossistema avance, será necessário estabelecer um pacto entre os atores, com compromissos claros, estrutura organizada e visão de longo prazo. Como encaminhamento, ficou pré-definida a criação de uma governança geral do ecossistema, que contará com a participação de TecVitória, CDTIV, Sebrae entre outros representantes da Academia. Essa governança atuará de forma articulada em eixos que servirão como diretrizes estruturantes para o planejamento e a implementação das ações.
Durante o encontro, o diretor-presidente da CDTIV, Marcus Gregório, reforçou a importância de compreender o momento atual do ecossistema e articular esforços para seu desenvolvimento. Segundo ele, o estudo representa uma contribuição para consolidar informações que já circulavam de maneira dispersa entre os atores e, sobretudo, para estimular o avanço conjunto. Marcus destacou que Vitória possui um ecossistema atuante, mas ainda com muitos passos importantes a cumprir, e que o objetivo da CDTIV é fomentar um movimento colaborativo, baseado em ciência, tecnologia, inovação e geração de negócios.
"Nossa intenção não é assumir protagonismo, mas contribuir para que esse ecossistema avance de forma articulada. Conduzimos essa escuta para entender, junto com quem vive a inovação no dia a dia, quais caminhos podemos trilhar coletivamente. Mais do que apresentar dados, queremos provocar: depois disso, o que vem? Como podemos construir algo maior, juntos? Esse encontro é o início de um movimento com grande potencial de transformação e direcionamento comum para Vitória", resumiu Marcus.
A diretora de Inovação da CDTIV, Bárbara Ohanna, reforçou a potência do momento vivido. Segundo ela, Vitória já possui atores altamente qualificados e iniciativas relevantes em diferentes frentes, mas o salto estrutural virá da capacidade de convergir agendas, alinhar expectativas e trabalhar com constância e planejamento. Ela destacou que a inteligência coletiva só se materializa quando existe governança, pactuação e visão compartilhada, e que o ecossistema está maduro para transformar energia e esforços individuais em resultados concretos para a cidade.
O Sebrae também anunciou que dará sequência ao processo de fortalecimento do ecossistema com a contratação de uma consultoria especializada para apoiar a construção do planejamento estratégico e o desenho da governança de inovação de Vitória.
O encontro encerrou com uma percepção comum entre os participantes: Vitória vive um momento singular, com energia, capacidade e disposição para dar um salto de qualidade em seu ecossistema de inovação. E, como destacaram os organizadores, esse salto será construído de forma colaborativa, porque um ecossistema de inovação se fortalece quando pessoas se conectam, compartilham e constroem o futuro juntas.