Maria Elizabeth Fraga da Silva, estudante do 8º ano da Emef Alvimar Silva. (ampliar)
A Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Alvimar Silva, localizada no bairro Santo Antônio, conquistou o 2º lugar do Prêmio Biguá, na categoria Escolas, com o projeto "Conexão Ambiental: Reverdecer Santo Antônio". A cerimônia de premiação aconteceu no auditório da Rede Gazeta, e reuniu instituições e iniciativas que se destacam na promoção da sustentabilidade.
Criado em 2012, o Prêmio Biguá tem como objetivo reconhecer, divulgar e incentivar ações que contribuem para a recuperação e preservação dos recursos naturais. Ao todo, a premiação contempla cinco categorias: Produtor Rural, Poder Público, Escolas (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio), Empresas e Sociedade Civil.
O projeto desenvolvido pela Emef Alvimar Silva é resultado de uma ação integrada entre estudantes e professores das áreas de Ciências e História, que buscaram aproximar a comunidade do Parque Municipal do bairro. A iniciativa envolveu aulas de campo, práticas de conservação, plantio de mudas e atividades de sensibilização ambiental, estimulando o sentimento de pertencimento ao território.
Para a estudante do 8º ano, Maria Elizabeth Fraga da Silva, participar do projeto foi uma experiência transformadora. "A gente começou indo ao parque, aprendendo como cuidar daquele espaço. Plantamos, adubamos e fomos entendendo a importância dele para a nossa comunidade. Chegar ao segundo lugar foi uma emoção enorme. Só de estar aqui já é um grande prêmio. Estou muito feliz por tudo isso", afirmou.
A diretora da escola, Flávia Souza, destacou que a iniciativa possibilitou que os estudantes se reconectassem com o ambiente em que vivem. "O projeto buscou valorizar as áreas verdes no entorno da escola e permitir que os alunos conhecessem o 'quintal' que sempre esteve perto deles, mas que muitas vezes passava despercebido. Eles vivenciaram experiências reais e se reconheceram nesse território. Reverdecer Santo Antônio é sobre cuidar, aprender e protagonizar", ressaltou.
A professora de Ciências, Marlene Araújo, reforçou o papel da escola na transformação social. "Esse prêmio nos honra muito, porque reconhece um trabalho que vai além dos muros da escola. Os estudantes se tornaram protagonistas de uma causa séria, que é a preservação ambiental. Houve uma interação muito significativa com os moradores do bairro, valorizando o conhecimento coletivo e fortalecendo os vínculos com a comunidade", disse.
Já o professor de História, Marcelo Rodrigues Vereno, lembrou que o projeto cresceu a partir da participação popular. "Foi revelador ver como a comunidade abraçou a ideia. Comerciantes, moradores e estudantes estiveram juntos. O que começou como um trabalho escolar se expandiu para algo maior, e isso foi o mais gratificante", completou.