Igualdade Racial


 Conheça as políticas e ações voltadas para a promoção da igualdade racial. O enfrentamento ao racismo é uma das ações, que em Vitória conta com a ajuda do Conselho Municipal do Negro (Conegro). As escolas da rede pública também são orientadas a respeito do combate ao racismo. Outro ponto importante é a valorização da cultura negra, como ocorre no Museu Capixaba do Negro (Mucane)

Museu Capixaba do Negro - MUCANE

André Sobral
Fachada do MUCANE - Museu Capixaba do Negro

O Museu Capixaba do Negro "Verônica da Pas" (Mucane) é um espaço de convergência de diversos serviços destinados à população. O edifício original foi totalmente restaurado e modernizado. Está equipado com auditório, biblioteca, área de eventos, museu e mezaninos. Entre os objetivos da revitalização está o de propiciar meios para o desenvolvimento de ações educativas que promovam a conscientização sobre a importância da preservação do patrimônio histórico-arquitetõnico da capital capixaba. O Museu também é um centro de referência à cultura negra.







Onde fica

Avenida República, 121, Centro Histórico, Vitória - ES - Ver no mapa
Funcionamento: de terça a sexta, das 12 às 19 horas
Telefone: (27) 99873-4596

Última atualização pela SEMC em 04/05/2022, às 15h18

Semana da Consciência Negra é comemorada em novembro

Kadidja Fernandes
Semana da Consciência Negra
Foto Divulgação
Desfile homenageando Zumbi e Dandara - CMEI Gilda Athayde Ramos

A Lei Federal 10.639/2003 determinou o ensino de história e cultura afro-brasileira nas escolas e instituiu a data de 20 de novembro como o Dia Nacional da Consciência Negra, uma homenagem ao líder quilombola Zumbi dos Palmares.

Anualmente, na Semana da Consciência Negra, a Comissão de Estudos Afro-Brasileiros (Ceafro) organiza diversas oficinas culturais, divulgando elementos da cultura negra, a exemplo da dança, da capoeira, do teatro e dos jogos africanos.

As oficinas buscam o aprofundamento cultural: quem participa da oficina de dança, por exemplo, conhece a origem e o significado dos movimentos e suas relações com o corpo africano. Essas atividades têm conseguido modificar a visão do aluno negro, que descobre ou confirma a riqueza cultural de sua etnia.

Última atualização pela SEME em 25/07/2024, às 17h57

Escolas da rede pública têm orientação para combater o racismo

Foto Divulgação
Semana da Consciência Negra

Embora o preconceito racial esteja na estrutura da sociedade brasileira, ao longo do tempo, ele foi e ainda está encoberto por um falso discurso de igualdade étnico-racial.

Apenas nas últimas décadas do século XX, o racismo passou a ser concebido como um fator estruturante das relações sociais no Brasil. Graças ao trabalho, sobretudo do Movimento Negro Brasileiro, os desníveis entre brancos e negros passaram a ser finalmente questionados.

Da luta do Movimento Negro nasceu a lei que tornou obrigatório, em todas as escolas oficiais e particulares dos níveis fundamental e médio do país, o ensino de história e cultura afro-brasileira no âmbito de todo o currículo escolar. No entanto, sozinha, essa lei não seria capaz de alterar as práticas racistas existentes no cotidiano das unidades de ensino. Era preciso um conjunto de ações e um setor responsável para gerenciá-las. Dessa necessidade, nasceu a Comissão de Estudos Afro-Brasileiros (Ceafro).

Composta por professores e pedagogos com experiência em estudos e ações sobre educação afro-brasileira e africana, a Ceafro é referência no país quando se trata do combate à discriminação étnica em escolas públicas. A comissão já atuou em eventos científicos até no exterior. Ela é responsável por duas atividades principais: os cursos de formação para profissionais da educação e a assessoria às escolas.

Assessoria às escolas

A comissão realiza, nas escolas, atividades como reuniões de planejamento, apresentação de materiais pedagógicos, acompanhamento a grupos de estudo, acompanhamento a denúncias de atitudes racistas no ambiente escolar e formação em serviço. Essa assessoria abrange a educação infantil, o ensino fundamental e a educação de jovens e adultos.

Legislação

  • Lei Federal 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira, nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares do país.
  • Portaria Municipal 52/2004, que cria a Ceafro.

Última atualização pela SEME em 25/07/2024, às 17h56

Estatueta Professora Olga Maria Borges rende homenagem à educadora

A educadora Olga Maria Borges nasceu na capital em 1941. Dedicou 26 anos de sua vida a educação infantil, sendo essa atividade sua grande paixão, o que lhe valeu o apelido de Tia Olginha. Faleceu em 1998, deixando sua grande contribuição para o ensino no município de Vitória. Uma vez por ano, a Comisão de Estudos Afro-Brasileiros (Ceafro) entrega a estatueta "Professora Olga Maria Borges", a título de homenagear educadores e unidades de ensino que desenvolvem alguma atividade considerada relevante para a promoção dos afro-brasileiros. A estatueta lembra uma mulher negra guerreira e expressa a dignidade das pessoas que simbolizam a resistência da cultura negra ao redor do planeta.

Última atualização pela SEME em 25/07/2024, às 17h59

Conselho Municipal do Negro

Imagem Internet
Mãos segurando pés de criança

O Conselho Municipal do Negro (Conegro) acompanha e avalia políticas de promoção dos afro-brasileiros. Constituído por segmentos da sociedade civil e do poder público, é vinculado à Secretaria Municipal de Cidadania e Direitos Humanos (Semcid). O órgão foi criado pela Lei Municipal 4.432/97 e busca propor meios que assegurem à população negra o exercício pleno de sua participação e integração no desenvolvimento econômico, social, político e cultural.

 

 

Competências do conselho

  • promover e desenvolver eventos com o objetivo de discutir e propor políticas de combate às discriminações e ampliação dos direitos da população negra em busca de sua cidadania;
  • propor aos demais órgãos e entidades da administração municipal o planejamento e a execução de políticas públicas relacionadas ao negro;
  • propor diretrizes para as políticas públicas voltadas à comunidade negra;
  • propor a criação de instrumentos legais que assegurem a participação qualificada do negro em todos os níveis e setores da administração municipal;
  • analisar e pronunciar-se sobre projetos de lei e decretos referentes aos direitos e à afirmação da comunidade negra, bem como oferecer contribuições para o seu aperfeiçoamento;
  • opinar e fornecer subsídios relativos à afirmação e à valorização da comunidade negra;
  • propor e contribuir para a realização de campanhas educativas sobre o combate ao racismo e à discriminação racial e intolerância religiosa;
  • manter intercâmbio com entidades, organizações, públicas e privadas, de pesquisa e demais atividades voltadas à questão da afirmação da comunidade negra e ao combate ao racismo;
  • receber denúncias que lhe sejam dirigidas, encaminhando-as para o Centro de Referência e acompanhando as providências tomadas;
  • indicar seus representantes em órgãos ou fóruns que promovam a discussão de políticas públicas e sociais de caráter afim;
  • divulgar, através de instrumentos institucionais e meios de comunicação em geral, as atividades e decisões do conselho.

Representantes

O Conegro é constituído por 20 membros titulares e seus respectivos suplentes. Os conselheiros exercem um mandato de dois anos e participam de reunião ordinária sempre na última quinta-feira do mês.

Documentos do Conselho

Documentos e atas disponíveis para consulta

Onde fica

Conselho Municipal do Negro
Avenida Maruípe, 2.544, Itararé (sede da Semcid) - Ver no mapa
Telefone: (27) 3382-6697 / 6699

Última atualização pela SEMCID em 13/06/2024, às 17h39

Coordenação de Políticas dos Direitos da População Negra

As atribuições da Coordenação de Políticas dos Direitos da População Negra, de acordo com o Decreto 17.005, de 5 de abril de 2017, são:

  • elaborar e executar políticas de ações afirmativas visando a promoção da igualdade racial e a garantia dos direitos da população negra;
  • contribuir na elaboração e executar o plano municipal de políticas de direitos da população negra;
  • contribuir para a implementação das políticas de atenção integral à saúde da população negra;
  • promover e desenvolver formação de agentes públicos, conselheiros e membros da comunidade em geral que contribua para práticas de enfrentamento ao racismo e à discriminação racial bem como de promoção da equidade racial;
  • promover e apoiar atividades voltadas para a proteção, valorização e incentivo às manifestações afro-brasileiras;
  • articular ações, programas e projetos de prevenção à discriminação, injúria e racismo por meio do diálogo com órgãos públicos, privados e sociedade civil;
  • elaborar, desenvolver, promover, coordenar, acompanhar, monitorar e avaliar programas, projetos, conferências, eventos e outras ações relacionadas aos direitos da população negra;
  • apoiar o funcionamento do Conselho Municipal da População Negra com o objetivo de fortalecer a sociedade civil na participação e controle social da política dos direitos da população negra;
  • elaborar e divulgar materiais informativos sobre promoção da igualdade racial e enfrentamento ao racismo em eventos alusivos à promoção dos direitos humanos;
  • incentivar e propor a divulgação de estudos, pesquisas e inovações tecnológicas relativas à temática da igualdade racial;
  • implantar e implementar programa de enfrentamento ao racismo institucional, articulado com os programas de enfrentamento à lgbtfobia e ao sexismo institucional, no âmbito da Prefeitura de Vitória;
  • realizar projetos de formação e aperfeiçoamento profissional para as mulheres negras no município de Vitória;
  • contribuir para implantar, implementar e potencializar programas, projetos e ações voltados para autonomia e equidade da população negra no mercado de trabalho;
  • incentivar e apoiar a participação da população negra nas atividades educacionais, culturais, esportivas e de lazer, contribuindo com a divulgação da herança cultural negra da Cidade;
  • fornecer as informações necessárias sobre projetos e ações implementados para garantia de monitoramento e avaliação das políticas para a população negra;
  • oferecer palestras, cursos e ações afins para divulgar os serviços da coordenação e contribuir com a sensibilização acerca da igualdade racial e enfrentamento ao racismo;
  • coordenar a execução do planejamento, monitoramento e avaliação contínua dos programas, projetos e ações desenvolvidos pela Coordenação;
  • executar outras atividades correlatas ou que lhe venham a ser atribuídas.

Última atualização pela SEMCID em 10/07/2024, às 17h30


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