Publicada em 24/09/2014, às 14h50 | Atualizada em 24/09/2014, às 14h50
Por Carmem Tristão, com edição de SEGOV/SUB-COM
Com a colaboração de Janaína Zambelli
Alunos especiais produzem peças de decoração com objetos recicláveis


Alunos do atendimento educacional especializado (AEE) da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Neusa Nunes Gonçalves, em Nova Palestina, mostram que as suas diferenças não representam limites, mas oportunidades.
Na sala de recursos especiais, 10 alunos com quadro de autismo, comprometimento intelectual, déficit de atenção e deficiências múltiplas são orientados pela professora Rosimeiry Maria da Costa e produzem vasos, colares, quadros, chaveiros e, até mesmo, flores de tecido, dignos de uma decoração de luxo.
Objetos como garrafas de vidro, botões, retalhos de tecido, jornal e filtro de café, que seriam descartados, nas mãos desses alunos se transformam em peças funcionais e decorativas.
Essas atividades manuais têm o objetivo de estimular a criatividade, a coordenação motora, a concentração, a assimilação de conteúdo de sala de aula (a exemplo da aplicação da geometria na construção de uma caixa de madeira) e, ainda, promover participação, autoconceito e integração entre os alunos.
Habilidades
A cada aula, as habilidades dos alunos são ainda mais aprimoradas, e é possível observar neles o desejo e a vontade de aperfeiçoar as técnicas aprendidas na sala de aula. É uma aula leve e divertida, onde há progressos tanto nas produções quanto no crescimento pessoal de cada estudante.


"A participação é intensa. E é gratificante ter esse retorno da dedicação dos alunos. A importância das atividades se dá a partir da perspectiva de que os trabalhos manuais proporcionam até mesmo o autoconhecimento e promovem a autoconfiança dos alunos. E é notável o crescimento deles a cada semana, tanto no que diz respeito ao desenvolvimento pessoal quanto à produção dos materiais. Eu me sinto honrada de poder participar dessa evolução", relatou a professora Rosimeiry.
"Esse momento serve para explorar as várias possibilidades das habilidades dos alunos. É emocionante observar como eles evoluem e interagem cada vez mais, produzindo sempre uma peça mais linda do que a outra", contou a professora Josiane da Silva.
Relatos
"É legal poder praticar o artesanato desse jeito. A cada dia eu aprendo algo novo e, por isso, estou gostando muito de participar", disse o aluno Otávio Costa Azevedo, de 9 anos.
"Adorei participar desse projeto. Meu trabalho favorito foi a florzinha de pano, que produzi com botão, agulha e tecido. Ficou bonito, né?", disse a aluna Rafaela Almeida Monteiro, de 11 anos.
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