Publicada em 16/06/2016, às 15h11
Por Regina Freitas, com edição de Matheus Thebaldi
Tamar celebra Dia Internacional da Tartaruga Marinha com soltura

O Dia Internacional da Tartaruga Marinha é comemorado nesta quinta-feira (16). A data celebra o nascimento do doutor Archie Carr, na década de 50. O pesquisador começou a trabalhar com a conservação das tartarugas marinhas em Totuguero, na Costa Rica, e se tornou um dos mais importantes pesquisadores da área.
De acordo com o oceanógrafo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Paulo Rodrigues, que é responsável pelo Centro de Visitantes Tamar-Vitória, localizado na Ilha do Papagaio, na Enseada do Suá, graças às pesquisas do estudioso, foi possível conhecer muito sobre biologia e ciclo de vida das tartarugas marinhas.
Pesquisador
Paulo lembrou que, em 1959, Dr. Carr criou o Caribbean Conservation Corporation (agora Sea Turtle Conservancy). "É o mais antigo grupo de pesquisa e conservação de tartarugas marinhas do mundo. Ele é considerado pioneiro biólogo, ecologista e escritor da natureza por ter colocado em prática uma campanha internacional para proteger as espécies de tartarugas marinhas pelo mundo, que se tornou modelo para outras".
Soltura
Nesta quinta-feira (16), às 15 horas, acontecerá a soltura de uma tartaruga-verde (Chelonia mydas) juvenil. Segundo Paulo, trata-se de uma espécie que resgatada pelo Programa de Monitoramento de Praia-BC/ES, na praia de Guaibura, em Guarapari, no dia 22 de abril.
"O animal foi encontrado com filamentos de nylon saindo pela orofaringe. Depois de exames, foi identificado que ela havia ingerido plástico. Após a retirada dos materiais e do tratamento a que foi submetida, a tartaruga poderá voltar para casa", explica Paulo.
Visitação
Em Vitória, moradores e turistas contam com o Centro de Visitação do Tamar, que é uma parceria com a Prefeitura de Vitória e funciona desde 2012.
O trabalho é de pesquisa, proteção e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção: tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), tartaruga-verde (Chelonia mydas), tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) e tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea).
No País, o Tamar, que existe há 35 anos, protege cerca de 1,1 mil quilômetros de praias e está presente em 25 localidades, em áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso das tartarugas marinhas, no litoral e ilhas oceânicas dos estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.