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Aluna da Aristóbulo Barbosa Leão vence concurso nacional de redação

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Por Rosa Blackman (rosa.adrianaeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Deyvison Longui

Com a colaboração de Eduardo Freits


Carlos Antolini
Caroline Pinna de Oliveira, estudante da EMEF Aristóbulo Barbosa Leão, que recebeu prêmio da Marinha
"Estudei para escrever a redação como se fosse para uma prova"

"Quem lê, escreve bem. Eu me orgulho de ser "rata" de biblioteca. Leio de tudo. Leio todos os autores. Leio, pelo menos, um livro por semana".

Estas afirmações são da estudante Caroline Pinna de Oliveira, 14 anos, da 8ª série da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Aristóbulo Barbosa Leão, em Bento Ferreira, feita após receber, da Marinha do Brasil, um notebook como prêmio de melhor redação escrita por um estudante do ensino fundamental da rede pública dentre os noves distritos navais brasileiros.

Mas, quem acha que Caroline passou a ser conhecida na escola agora, após receber da cúpula da Marinha, está enganado. Enquanto para muitos o hábito de leitura é uma imposição da escola ou da família, para Caroline ler é um prazer.

Filha de pescador e de uma dona de casa, a estudante viu no concurso promovido pela Marinha do Brasil a oportunidade demonstrar seu domínio da língua portuguesa e sua paixão pelos livros despertado na 3ª série por usa antiga professora Penha Cordeiro.

"Estudei para escrever a redação como se fosse para uma prova. Li muito para enriquecer a redação, cujo tema foi "O comércio pelo mar do Brasil: da colônia até os nossos dia", comentou ela. Caroline não só faturou o primeiro lugar de redação entre os estudantes do 1º distrito naval (que engloba Espírito Santo e Rio de Janeiro), como foi considerada a melhor do país.

De acordo a tenente da Marinha Sabrina, o concurso foi realizado em três etapas: a primeira internamente na escola, de onde foram escolhidas as três melhores e enviada para comissão organizadora local. Em seguida, eleita a melhor redação da distrital e submetida à comissão julgadora nacional. A informação é de que foram inscritas mais de mil redações em todo o país.

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Elizabeth Nader
Alunos em biblioteca
A aluna Caroline Pinna de Oliveira sugere que para escrever bem é preciso ler.

Cheia de orgulho, a mãe de Caroline, a dona de casa Maryceia Freire Nascimento, disse que o incentivo à leitura pode e deve começar cedo; os resultados podem demorar aparecer, mas aparecem; requer dedicação diária, mas benefícios são para sempre.

"O trabalho realizado pela professora Penha Cordeiro, quando minha filha freqüentava a 3ª e 4ª séries foram fundamentais. Acredito que o interesse começou ali. A professora incentivava, levava todos para a biblioteca, sempre pedia para os alunos fazerem redação. O amor pelos livros nasceu naquela época. Agora, todo dia está com um livro na mão", lembrou a mãe.

Maryceia faz questão de frisar também a importância da família para o desenvolvimento das habilidades dos filhos. "Eu e o Mário José de Oliveira (pai) participamos da vida escolar dos nossos filhos ativamente. Temos que ficar atentos às diferenças para perceber o dom de cada um deles. Enquanto Caroline tem o domínio do português, o irmão que é gêmeo tem o domínio da Matemática", aconselhou.