Bônus Moradia: mais duas famílias de Vitória realizam sonho da casa própria após anos de espera

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A espera de duas décadas chegou ao fim para o casal Cláudio de Mello Lourenço e Adilene S. Lourenço, moradores do bairro Do Cabral, em Vitória. Nesta segunda-feira (14), a família recebeu as chaves do novo lar no bairro Resistência, por meio do programa Casa Feliz e Segura. O imóvel, avaliado em R$ 87.309,45, foi adquirido com recursos do Bônus Moradia.

O sonho da casa própria também se tornou realidade para Josilene Aparecida da Cunha, que recebeu as chaves do novo lar no bairro Resistência, em Vitória. Após sete anos de espera, a moradora comemora a conquista da residência adquirida por meio do programa Casa Feliz e Segura, com investimento de R$ 100 mil, do Bônus Moradia.

Família Lourenço

Cláudio viveu 29 anos no bairro Do Cabral, onde, em dezembro de 2005, sua casa desabou. O imóvel foi interditado por apresentar risco geológico e estrutural e, desde então, a família aguardava a solução definitiva. "A gente morava no bairro Santa Tereza, no alto do Cabral, nas últimas casas da comunidade. Subia 422 degraus todos os dias. Resistência é um ótimo bairro, e toda essa mudança vai valer a pena. É uma mudança de vida, para melhor", contou Cláudio

A esposa, Adilene, relembrou os momentos difíceis que eles enfrentaram após o desabamento e a longa espera até a conquista da nova moradia. "Botaram meu marido no jornal quando minha casa desabou. Meu menino tinha seis anos de idade, agora ele está com 26. Nessa gestão é que veio a oportunidade. Até agora não caiu a ficha, porque são muitos anos que a gente está lutando", relatou.

Durante a entrega, o prefeito Lorenzo Pazolini destacou o impacto social do programa e a importância de transformar a vida das famílias contempladas. "Mais duas entregas importantíssimas do programa Casa Feliz Segura, realizando sonhos na comunidade, trazendo desenvolvimento e promovendo justiça social. Hoje, duas famílias foram contempladas, uma delas aguardava a casa há mais de 20 anos", afirmou.

A emoção também foi compartilhada pela vendedora do imóvel, Rosilene Barcelos, que ressaltou o significado da transação para ambas as partes. "A Prefeitura de Vitória não está realizando somente o sonho dessas famílias que estão adquirindo as casas, mas também o da nossa família, que está fazendo a venda. Foi um tempo de conhecer a história dessas pessoas, o que passaram com a perda das casas. A gente acaba se sensibilizando e formando uma família. Agradeço toda a equipe da Prefeitura e hoje é uma vitória para todos nós", disse.

Com a nova residência, Cláudio, Adilene e os filhos Wesley, de 18 anos, e Ana Alice, de 8, iniciam um novo capítulo de suas vidas, marcado pelo fim da espera e pela conquista do tão sonhado lar seguro e digno.

Família Cunha

Josilene Aparecida da Cunha viveu cerca de 30 anos no bairro Santa Tereza, mas precisou deixar o local em 2018, quando sua casa foi interditada pela Defesa Civil após deslizamentos de blocos próximos à residência. Desde então, viveu em alojamento provisório em São Cristóvão, enfrentando anos de incerteza até ser contemplada pelo programa habitacional. "Me senti bem, feliz. Mas graças a Deus deu tudo certo. O processo foi bem longo, mas consegui a minha vitória. Eu morava no Cabral, e depois que a pedra rolou, me trouxeram para o abrigo. Fiquei oito anos lá. Às vezes eu acordo e nem acredito que estou na minha casa agora", contou emocionada.

O prefeito Lorenzo Pazolini ressaltou o compromisso da gestão com a promoção da dignidade e da cidadania. "Nós estamos aqui hoje no bairro Resistência, exatamente para que essas famílias tenham o seu futuro garantido, com os direitos básicos e elementares assegurados. A casa própria é o sonho de toda família brasileira, e nós estamos realizando esse sonho junto com a sociedade vitoriense e os capixabas", declarou.

O subsecretário de Habitação, Tiago Benezoli, destacou o avanço do programa Casa Feliz e Segura, que já contabiliza 267 residências entregues. "É o compromisso dessa gestão com as políticas de habitação de interesse social. O programa Bônus Moradia está dando oportunidade para famílias que precisam reescrever um novo futuro. Cada casa entregue representa uma nova história de dignidade e superação", disse.

A beneficiária, que hoje mora com as filhas Hudslaine, de 23 anos, e Sulamita, de 8, destacou o sentimento de segurança e pertencimento com o retorno à comunidade. "Foi ótimo vir para Resistência, porque eu já morei aqui antes, já conheço todo mundo. É um lugar bom pra morar, sossegado. Quando recebi a notícia que ia ganhar o benefício, fiquei muito feliz. Agora eu acredito que estou bem e segura. A ficha está caindo", afirmou.

O presidente estadual do Republicanos, Erick Musso, esteve presente na entrega das novas casas e enfatizou a relevância do projeto no cenário capixaba. "O Casa Feliz e Segura é um projeto extraordinário, que leva dignidade e cidadania. É o maior programa habitacional da história do Espírito Santo, e essas entregas mudam a vida das pessoas. Parabenizo o prefeito Pazolini por esse trabalho e pelos resultados concretos", destacou.

Com o novo endereço, Josilene e sua família encerram um ciclo de incertezas e iniciam uma nova etapa de esperança e estabilidade, em uma moradia digna e segura.

Para auxiliar nessa nova etapa, a Secretaria de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho (Semcid) entregou um kit com televisão, geladeira e fogão para as duas famílias. 

Bônus Moradia

Criado para atender famílias em situação de vulnerabilidade, o programa Bônus Moradia ofertava, inicialmente, um subsídio de R$24 mil. Em 2010, o valor foi atualizado para R$39 mil e, em 2017, passou para R$60 mil. Na atual gestão, o benefício foi ampliado para até R$100 mil.

Regido pelas Leis Municipais 6.967/2007 e 6.592/2006, o programa atende moradores deslocados compulsoriamente em razão de obras urbanas, riscos estruturais e geológicos, preservação ambiental ou ocupação de áreas inadequadas para habitação.

Entre as principais vantagens do Bônus está a possibilidade de aquisição de imóveis em qualquer município do Espírito Santo, além da agilidade no processo de concessão, que apresenta prazo médio de apenas três meses - um diferencial em relação a outros programas habitacionais.