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Comunicação Não Violenta: Equipe do Abrigo 1 participa de Círculo de Diálogo com a temática
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Por Rosa Blackman (rosa.adrianaeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes
Nesta terça-feira (16), a equipe do Abrigo Institucional de Adultos e Famílias (Abrigo 1) participou de um Círculo de Diálogo com a temática "Comunicação Não Violenta: Ferramentas e Abordagens da Justiça Restaurativa".
A atividade tem como objetivo promover a escuta qualificada, o fortalecimento das relações interpessoais e a reflexão coletiva sobre práticas comunicacionais mais empáticas, respeitosas e alinhadas aos princípios da Justiça Restaurativa, especialmente no contexto do acolhimento institucional de adultos e famílias em situação de vulnerabilidade social.
O Círculo de Diálogo foi facilitado pelas servidoras do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases), vinculadas à Subgerência de Orientação Técnica e Práticas Restaurativas (Suop), a psicóloga Patrícia Penha da Vitória, a pedagoga Andrea Fanzeres Tozato e pela assistente social Lívia Silva de Queiroz.
A facilitadora Patrícia destacou que a realização do Círculo de Diálogo integra um conjunto de ações voltadas à sensibilização e ao fortalecimento institucional, ressaltando que "a Comunicação Não Violenta e as práticas restaurativas contribuem significativamente para a qualificação do atendimento socioassistencial, fortalecendo uma cultura de diálogo, corresponsabilidade e cuidado nas relações de trabalho".
O coordenador do Abrigo 1, Rodrigo Trindade, explicou que o objetivo principal é aprimorar a maneira como os conflitos são percebidos e devem ser gerenciados para a construção de soluções colaborativas e empáticas junto aos acolhidos. "As ferramentas e as habilidades da Justiça Restaurativa podem colaborar para a melhoria na prevenção e na resolução de conflitos comuns entre pessoas em situação de rua", disse ele.
Rodrigo, fez questão de enfatizar que os conflitos fazem parte da natureza humana, daí a importância da equipe estar preparada para lidar com essas situações, bem como municiar o grupo de ferramentas, estratégias e habilidades que os levarão a gerenciá-los pacificamente para que possam ser vistos como oportunidades de mudanças.
A gerente de Proteção Social Especial de Alta Complexidade, Anacyrema Silva, comentou que a busca pela excelência no atendimento à população em situação de rua é constante. "Ao trabalharmos com a população em situação de rua, lidamos cotidianamente com histórias marcadas por rupturas de vínculos, violências, exclusões e negação de direitos. Nesse contexto, a Comunicação Não Violenta nos convida a mudar o modo como escutamos, falamos e nos relacionamos, reconhecendo o outro como sujeito de direitos, com necessidades legítimas e uma trajetória que precisa ser compreendida para além do comportamento imediato", reforçou ela.
As técnicas da Justiça Restaurativa dialogam diretamente com esse princípio, ao proporem espaços de escuta qualificada, responsabilização consciente e reconstrução de vínculos, rompendo com práticas punitivas e reforçando uma atuação pautada na dignidade humana. No âmbito da Proteção Social Especial de Alta Complexidade, essas abordagens fortalecem intervenções mais humanizadas, éticas e corresponsáveis, especialmente nos serviços de acolhimento.
"Integrar Comunicação Não Violenta e Justiça Restaurativa no trabalho com a população em situação de rua é reafirmar o compromisso do Sistema Único de Assistência Social com a proteção integral, com a segurança de acolhida, de convivência e, sobretudo, com a promoção da autonomia e da participação dos usuários na construção de seus próprios projetos de vida", destacou Anacyrema.
A secretária de Assistência Social, Soraya Mannato, lembrou os resultados alcançados pelo Abrigo 1: "neste ano, 883 pessoas foram acolhidas neste abrigo; 62 foram matriculados na Educação de Jovens e Adultos (EJA); nove foram domiciliados. Desta do início do funcionamento do Abrigo, há quatro anos, são mais de 2047 acolhimentos atendidos no Abrigo 1".



