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Corrida Zumbi dos Palmares reúne 1,5 mil atletas e marca o Dia da Consciência Negra em Vitória
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Por Gislaine de Assis Santos (gasantoseira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Gislaine de Assis Santos
A manhã desta quinta-feira (20), Dia da Consciência Negra, foi de muita emoção, cidadania e representatividade nas ruas de Vitória. Cerca de 1,5 mil atletas foram para as ruas para a 17ª edição da Corrida Zumbi dos Palmares, um evento que une esporte, cultura e reflexão sobre a importância da data.
"Hoje é um dia de celebração, mas sobretudo de consciência. O Dia da Consciência Negra nos chama à reflexão sobre igualdade, respeito, reparação e sobre a cidade que queremos construir juntos: uma cidade de paz, empatia e justiça. Agradeço a todos que organizaram este momento, que simboliza saúde, união e resistência, valores tão presentes na luta do povo preto. Que esta corrida nos inspire a seguir avançando, reconhecendo nossa história e reafirmando nosso compromisso com um futuro mais igualitário para Vitória, para o Espírito Santo e para o Brasil", pontuou Lorenzo Pazolini, Prefeito de Vitória.
A largada foi logo cedo, quando todos já demonstravam muita energia e bastante entusiasmo, em frente à Casa do Cidadão. De lá, os corredores seguiram pelas avenidas Maruípe, Leitão da Silva, Marechal Mascarenhas de Moraes, Getúlio Vargas e República, terminando no Museu Capixaba do Negro (Mucane), no coração do Parque Moscoso.
"A Corrida Zumbi dos Palmares é sempre um marco. O objetivo é levar o povo para a rua e reforçar a consciência sobre a importância dessa data, o que representou o 20 de novembro e o que ele significa hoje. É um dia de luta, resistência e também de reparação ao povo preto", disse a corredora Val Andrelina.
Um dia especial com comemoração em dose dupla. Rodeada de amigas, Karine Silva pulou de alegria durante o parabéns cantado para ela.
"Hoje eu vim realmente para me divertir. É um dia especial, então vim curtir com minhas amigas. Moro em Vila Velha e vim só para correr e aproveitar, comemorando meu aniversário de uma forma muito especial. No Dia da Consciência Negra, sendo uma mulher negra e mãe, não poderia celebrar de um jeito melhor", disse Karine.
O percurso, de aproximadamente 7,5 quilômetros, também simbolizou a força, a resistência e a diversidade que marcam a história e a identidade de Vitória. Os cinco primeiros colocados de cada uma das 14 categorias foram premiados com troféus logo após o término da prova. Mas todos os atletas que completarem a prova receberam medalha de participação.
Histórias de superação, motivação, recomeços, estreias e diversão: muitos foram os motivos que levaram os 1.500 corredores a tomar as ruas da capital. Para dona Sidalina Romoaldo, corredora que subiu ao pódio, é motivo de orgulho e alegria. "Eu tenho 81 anos e, desde os 35 eu corro. Isso me deixa feliz, me sinto leve e orgulhosa", disse.
Na chegada, ainda mais comemoração. A banda Deixa Fluir subiu ao palco montado na Avenida República, em frente ao Museu Capixaba do Negro (Mucane), garantindo música e animação para fechar a manhã com ainda mais significado.
Os corredores também puderam contemplar a exposição "Cores da Consciência", em cartaz até 13 de dezembro no Mucane, onde também havia empreendedores com artigos de artesanato, comidas e bebidas.
Diversidade
"A corrida, mais que uma competição, é um tributo à resistência, à ancestralidade e à diversidade que moldam a história e a identidade de Vitória. Foram vários passos em direção à igualdade e à celebração da nossa diversidade", afirmou o secretário municipal de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho, Luciano Forrechi.
Para a gerente de Política de Cidadania e Direitos Humanos, Renata Segovia Ferreira, a prova reforça o compromisso da PMV com ações que unem esporte, cultura e consciência social. "Essa corrida é uma celebração da vida e da história do povo negro. Ela estimula o diálogo, promove pertencimento e mostra que Vitória segue firme na construção de uma cidade mais justa e inclusiva para todos", afirmou.





