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Estudantes da EJA participam de seminário em comunidade quilombola

Publicada em

Por José Carlos Schaeffer (jcschaeffereira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes


Foto Divulgação
Equipe pedagógica da EMEF EJA Prof Admardo fez visita técnica em Araçatiba, Viana
Equipe pedagógica da Emef EJA Prof Admardo durante visita técnica em Araçatiba, Viana.

No próximo sábado (1º), estudantes da Escola Municipal de Educação de Jovens e Adultos (EJA) Professor Admardo Serafim de Oliveira, localizado no bairro Gurigica, terão um dia de imersão no território quilombola de Araçatiba, no município de Viana. O encontro tem como tema "Ancestralidade, Tradição e Memória" e busca fortalecer a relação entre a escola e a comunidade, valorizando histórias que constituem a identidade e a cultura afro-brasileira.

A atividade integra o seminário trimestral promovido pela escola, que, neste período, aborda questões étnico-raciais. Esta será a primeira vez que a culminância ocorre fora da unidade, diretamente em um território quilombola, possibilitando aos estudantes uma experiência de aprendizagem viva e contextualizada.

A programação terá início às 7h, com acolhida e café da manhã. Logo após, os estudantes participarão de três circuitos culturais guiados pelo território, organizados de acordo com diferentes ritmos e condições de mobilidade. Os percursos incluem visitas à igreja da região, às ruínas históricas e ao Mulembá, árvore símbolo da resistência e da ancestralidade afro-brasileira.

Ao longo da manhã, haverá roda de conversa, músicas, brincadeiras e um bingo temático sobre memória e cultura. O almoço está previsto para as 11h, fortalecendo vínculos e reafirmando o cuidado coletivo que caracteriza a Educação de Jovens e Adultos (EJA).

No período da tarde, o seminário continua com uma roda de conversa com Dona Nini, liderança local e referência cultural, seguida de apresentações de Congo e de Capoeira, expressões marcantes da tradição afrodescendente no Espírito Santo.

A diretora da escola, Danielly Herzog, destaca a importância da vivência para os estudantes. "A EJA é um espaço de reconhecimento e retomada de histórias. Queremos que nossos estudantes se vejam como parte da construção do território, entendendo que suas memórias e vivências também são patrimônio cultural", disse.