Publicada em 03/12/2015, às 17h55
Por Carmem Tristão, com edição de Matheus Thebaldi
Professora de Artes apresenta diferentes tons da pele humana em sala de aula

Pardo, amarelo, negro e branco. A fotógrafa e artista brasileira Angélica Dass pôs fim a essa dúvida ao catalogar os diferentes tons de pele humana, dando outro sentido ao pintar um boneco no papel com o lápis "cor da pele". No projeto Humanae, ela fotografou diversas pessoas pelo mundo e criou um mosaico em que o fundo de cada imagem é o tom exato da pele da pessoa fotografada, referenciada pelo sistema Pantone, principal classificação universal de cores.
A professora de Artes Janine Pretti levou o projeto "Qual a cor da sua pele?" para a sala de aula na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Maria Leonor Pereira e envolveu os alunos do 3º ano em uma produção de seus autorretratos, numa atividade que os enriqueceu tanto em conhecimento quanto em relacionamento, ao tentarem se identificar e se reconhecer nos tons de pele a eles apresentados.
Mas antes de partir para as atividades práticas, a professora apresentou aos alunos o que é um autorretrato a partir da história da artista Frida Kahlo, consagrada pintora referência no assunto, para depois conhecerem o trabalho de Angélica Dass e, enfim, conhecer as várias tonalidades de pele que as pessoas possuem
"O projeto foi aplicado a partir das aulas de autorretrato, onde surgiram as discussões sobre o lápis cor de pele. Esse projeto se propôs a refletir sobre as cores para as crianças associadas a todas as raças: branco, preto, vermelho e amarelo. É um jogo para descobrir a verdadeira cor de cada aluno e questiona o chamado lápis cor de pele. Os alunos escolheram sua cor de pele e desenharam seu autorretrato. Foi muito interessante vê-los tentando se identificar e se reconhecer nos tons de pele que viam. Afinal de contas, todas as cores nos igualam", disse a professora Janine Pretti.