Publicada em 22/02/2014, às 05h05
Por Rejane Gandini Fialho, com edição de SEGOV/SUB-COM
Sonho na avenida: Novo Império traz a arte para a vida


A última escola a desfilar neste segundo dia do carnaval capixaba trouxe a arte para a passarela e encantou o público com um samba que envolveu poesia e realidade.
À frente do grupo de intérpretes está Fernando Barbosa, 6 anos. Seu personagem predileto é Ben 10 e conhece como ninguém o coração de um intérprete:"Eu não sou puxador, sou intérprete. É muito importante ser intérprete porque a gente traz a escola", conta.
Mas ele não está sozinho na avenida: a mãe, Juliana, é mestre de cerimônia do casal de porta-bandeira e o pai, Tim, também é intérprete da Novo Império. A história de Fernando com o samba é ainda mais enraizada porque o avô, Roberto Ferro, é um dos fundadores do nosso sambódromo.
Tradição
Na ala das baianas, mais história de uma tradição que segue encantando o samba: Rovena Martins comanda a ala na escola fundada por sua mãe, enquanto Denice Conceição desfila na mesma ala desde a fundação, em 1956.
As 17 alas da escola acolheram os 1,3 mil componentes que cantaram o samba "Se a arte imita a vida, com uma máscara eu posso sonhar, assistamo que uma comédia pode causar" e lado a lado, tal como na letra da canção, fizeram a plateia vibrar.
A bateria foi um show à parte com realidade e fantasia fazendo interagir toda a agremiação. "É uma emoção tocar aqui. A gente traz uma união de lá da comunidade e na passarela faz esse som ecoar", conta o portuário aposentado Gil da Silva, 71, um mestre no chocalho na Novo Império há 57 anos.