Publicada em 20/11/2015, às 12h19

Por Syria Luppi, com edição de Matheus Thebaldi

Vitória propõe união entre municípios para enfrentar o problema da lama


Divulgação Semmam
Reunião lama de rejeitos
Técnicos estiveram reunidos com o secretário Luiz Emanuel para discutir ações de enfrentamento aos problemas causados pelo avanço da lama de rejeitos

A preocupação com a lama de rejeitos de minério vinda da barragem que se rompeu em Mariana (MG), que pode chegar ao litoral do Espírito Santo, moveu o secretário de Meio Ambiente de Vitória, Luiz Emanuel Zouain, a promover uma reunião, nesta última quinta-feira (19), com secretarias de Meio Ambiente da Grande Vitória para a organização de um fórum permanente para o desenvolvimento de ações de enfrentamento ao problema.

O encontro foi realizado no gabinete da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam), no Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac), na Enseada do Suá.

Luiz Emanuel Zouain reforçou o compromisso da capital em monitorar as condições do ecossistema marinho e outros fatores da costa da região. "Temos que trabalhar com a pior previsão, mesmo porque a Samarco já admitiu a possibilidade de rompimento de outras duas barragens em Mariana. Vitória é parte fundamental do todo que compõe a zona costeira de nosso Estado e assume sua parte de responsabilidade na solução dos problemas ambientais causados pela lama de rejeitos de minério que avança", disse.

Encaminhamentos

A equipe debateu sobre a importância de os municípios terem acesso a um estudo de modelagem da pluma da lama assim que ela chegar ao litoral de Regência, em Linhares. Esse estudo poderá aferir o alcance do dispersar da lama em direção ao litoral sul, passando por Vitória.

A partir da chegada da lama ao litoral, será necessário um monitoramento físico-químico de toda a região costeira até Vila Velha, para que seja aferido com regularidade se metais pesados irão se movimentar em nossas águas.

Os técnicos da Semmam destacaram a necessidade de exames de ecotoxicidade de peixes no percurso da lama, seja rio ou mar. Esse exame é que pode identificar se os peixes estão morrendo pela simples falta de oxigênio na água ou se por ingestão de metais pesados, como ferro, chumbo ou manganês.

Os encaminhamentos da reunião serão apresentados ao Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) nesta sexta-feira (20). "A Semmam coloca seus equipamentos náuticos e seu corpo técnico de funcionários à disposição do Iema ou de trabalho das ONG´s que estão trabalhando para amenizar o impacto desta que é a maior tragédia ambiental da história do nosso País", concluiu o secretário Luiz Emanuel Zouain.

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