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Emef José Áureo Monjardim recebe livros da Academia Feminina de Letras

Publicada em | Atualizada em

Por Brunella França, com edição de Andreza Lopes


  • Educação de qualidade

Brunella França
Emef JAM
Estudantes da Emef José Áureo Monjardim recebem escritoras e doação de livros para o acervo da escola.
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Estudantes da Emef José Áureo Monjardim recebem escritoras e doação de livros para o acervo da escola.

Um livro é uma conversa que quem lê tem com quem escreve. Assim definiu a escritora Renata Bonfim, membro da Academia Feminina Espírito-Santense de Letras (AFESL), que esteve com os estudantes do 5º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) José Áureo Monjardim, em Fradinhos, junto com a presidente da AFESL, Neuza Glória, a presidente da Academia Espírito-Santense de Letras (AEL), Ester, Abreu, e as escritoras Sônia Rosseto, Wanda Alckmin e Graça Lobino.

Na ocasião, as escritoras conversaram um pouco com os estudantes e enriqueceram o acervo da biblioteca local com 50 livros escritos por capixabas.

"A Academia Feminina foi criada em 1949, por um grupo de mulheres, em uma época em que as mulheres não podiam escrever. Lideradas por Judith Leão, que foi a primeira deputada estadual eleita no Espírito Santo, junto com outras pessoas, como a professora Maria Stella de Noaves, que lutou para ser professora de Botânica, essas mulheres se uniram para criar a Academia", contou a professora e escritora Ester Abreu.

À frente da biblioteca da unidade de ensino, Roberta Falcão destacou a importância de projetos de produção literária e do incentivo à leitura, que já são tradicionalmente desenvolvidos na escola.

"Eu me encontrei na Educação e faço esse trabalho de potencializar a leitura por acreditar na leitura e nos nossos estudantes. Essa doação é muito importante para nós, que temos um projeto de incentivar a leitura de escritoras e escritores do Espírito Santo. Essa turma do 5° ano eu acompanho desde o 1° ano, eles já têm essa cultura da biblioteca. O importante é que eles gostam de ler, e é nosso trabalho ofertar opções de leitura para todos", disse.

Presidente da Academia Feminina Espírito-Santense de Letras, Neuza Glória dos Santos, reforçou a importância da leitura como parte essencial do desenvolvimento de uma consciência cidadã.

"É importante que vocês, turma, saibam isso, que vocês têm um futuro brilhante pela frente. E se apropriem disso. A não leitura é um dos fatores de definição das desigualdades sociais. É dever da escola disponibilizar o acesso à leitura, é um direito e uma necessidade para a formação de cidadãos plenos. Não existe nenhuma possibilidade de pensarmos uma sociedade melhor sem cultura e sem valores éticos", afirmou.

Escola de leitores e escritores

Além de receber os livros das escritoras para a biblioteca, os estudantes da Emef José Áureo presentearam Neuza Glória e Ester Abreu com produções já escritas em projetos desenvolvidos na escola.

"Estou muito agradecida por terem escolhido a nossa unidade de ensino para essa atividade. Estamos nos sentindo muito honrados porque, junto à nossa biblioteca, já realizamos um trabalho muito rico, são projetos muito potentes, ações que ressignificam o espaço escolar para os nossos estudantes", pontuou a diretora da Emef, Vera Maciel.

A escritora Renata Bonfim falou um pouco sobre a biodiversidade da Mata Atlântica, conversou com os estudantes e incentivou que eles sigam lendo e escrevendo. Quem sabe, um dia, façam parte também do acervo da biblioteca da escola?

"Cada momento da vida da gente é tão rico, tão importante, porque ele não se repete nunca mais. Trouxemos livros para a biblioteca, que estarão à disposição de vocês para que vocês conheçam melhor a gente. Um livro é uma conversa que a gente tem bem de pertinho. Quando comecei a escrever, eu tinha a idade de vocês. Para sermos escritores, basta a gente escrever. Uma caneta, um lápis, um caderno é tudo que a gente precisa. E ler, ler muito!", disse para a turma.

Parceria

A ação faz parte do projeto "Academia vai à Escola" e recebe apoio da Secretaria Municipal de Cultura (Semc), por meio da lei de auxílio cultural Aldir Blanc.

"Estou na secretaria, mas sou professora de Língua Portuguesa. Esse momento de encontro com escritoras, poetisas e nossos estudantes é muito rico. Agradecemos também essa doação ao acervo da biblioteca da escola", ressaltou a subsecretária Pedagógica da Seme, Luana Lemos.

Entre as escritoras presentes, Graça Lobino foi a primeira diretora da Emef José Áureo Monjardim. Ela contou da organização da comunidade em torno da escola, da instituição de um Conselho Escolar atuante e da experiência que teve nos seis meses em que foi responsável pela direção. "A Emef José Áureo foi a primeira a ter um projeto pedagógico na rede de Vitória, muito antes da instituição da Lei de Diretrizes Básicas, em 1992", relembrou.

Também presente no evento, o secretário de Educação de Vitória em exercício, Trajano Ferreira, agradeceu pela parceria da Academia Feminina Espírito-Santense de Letras com a Seme.

"É muito bom ver os estudantes olhando para uma escritora com essa curiosidade, cheios de perguntas. O investimento na Educação na gestão do prefeito Pazolini é para dar oportunidade a vocês para serem o que vocês quiserem no futuro. Quero agradecer a presença da Academia Feminina aqui, dizer que é muito importante essa parceria para nossa rede, potencializando as ações de leitura e escrita", afirmou.

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Estudantes da Emef José Áureo Monjardim recebem escritoras e doação de livros para o acervo da escola.
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Estudantes da Emef José Áureo Monjardim recebem escritoras e doação de livros para o acervo da escola.