Parque da Fonte Grande recebe estudantes para vivência sobre gestão ambiental.
A maior floresta preservada de Vitória será o cenário de uma vivência que une ciência, educação ambiental e gestão pública. Nesta terça-feira (25), estudantes do Curso Técnico em Meio Ambiente Integrado ao Ensino Médio do Ifes Vitória passarão a manhã no Parque Natural Municipal da Fonte Grande, para conhecer de perto como funciona a gestão da Unidade de Conservação que abriga o maior remanescente de Mata Atlântica do município. A atividade integra o projeto "Mata Atlântica de Vitória, Floresta que Ensina".
A visita será acompanhada pela professora e coordenadora do curso, Fernanda Magri de Carvalho, que busca aprofundar, com aulas de campo, conteúdos trabalhados nas disciplinas Introdução ao Estudo dos Problemas Ambientais e Biologia I. O objetivo é claro: permitir que os estudantes observem in loco como o equilíbrio ambiental é mantido e restaurado por meio das unidades de conservação.
A atividade contará, também, com a orientação do educador ambiental e geógrafo Wilson de Souza, do Centro de Educação Ambiental (CEA) do Parque, que apresentará a gestão da Unidade de Conservação e conduzirá a interpretação ambiental nas trilhas da Pedra da Batata e do Caracol.
Durante o percurso, o grupo poderá observar fauna, flora e os diversos serviços ecossistêmicos proporcionados pela Mata Atlântica: proteção das encostas do Maciço Central, preservação das nascentes, regulação do microclima, fertilidade dos solos, produção natural de alimentos, plantas medicinais e as paisagens que moldam a identidade de Vitória. Nos mirantes do Sumaré e da Cidade, será possível visualizar as desembocaduras dos rios Santa Maria da Vitória, Fradinhos, Aribiri, Marinho, Jucu, Itanguá e Bubu, além das comunidades que vivem ao redor da floresta.
Gestão ambiental em foco
Segundo Wilson, compreender a administração de uma Unidade de Conservação é essencial para a formação dos futuros profissionais: "Nesta visita, abordarei a gestão da UC e os instrumentos legais que orientam o trabalho da Semmam - como o Plano de Manejo, o Código Florestal, o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, a Lei da Mata Atlântica e a Lei de Crimes Ambientais. As trilhas educativas do projeto 'Mata Atlântica, Floresta que Ensina' permitem que os estudantes se aproximem da fauna, da flora e da importância desse ambiente para toda a cidade. Serão momentos de contemplação, experimentação e reflexão."
O educador reforça a dimensão formativa da atividade: "esperamos que esses jovens considerem, em suas futuras decisões profissionais, a conservação deste bioma, reconhecendo seu valor enquanto patrimônio e reserva da biosfera."
Educação que transforma
Para a professora Fernanda Magri, a vivência amplia o olhar dos estudantes sobre o papel das unidades de conservação na sustentabilidade urbana e na proteção de ecossistemas sensíveis. A atividade consolida-se como ponte entre a teoria e a prática, fortalecendo o compromisso ambiental e o senso crítico dos futuros técnicos da área.
O projeto "Mata Atlântica de Vitória, Floresta que Ensina" pode ser acessado pelo InterageVix, onde estão disponíveis materiais, trilhas e atividades relacionadas à educação ambiental na capital.