Publicada em 25/06/2015, às 16h49
Por Paula M. Bourguignon, com edição de Matheus Thebaldi
Arraiá no Centro Pop faz a alegria de pessoas em situação de rua


Quadrilha, pescaria, argolas, boca do palhaço, delícias da roça e forró animaram o II Arraiá do Centro de Referência Especializado de Assistência Social para Pessoas em Situação de Rua (Centro Pop), na tarde desta quinta-feira (25).
O evento promoveu integração, alegria e descontração entre os usuários do espaço. Os assistidos participaram de brincadeiras e saborearam comidas típicas de festa junina, além de assistir a uma apresentação de teatro com o casamento de Jeca e Lucrécia Borges.
Há 12 anos vivendo em situação de rua, Walesson Santos, de 26 anos, disse como foi encenar a noiva na peça teatral. "Estar presente nessa festa é uma conquista, já me sinto um vencedor. Fico feliz com a oportunidade que todos estão me dando aqui e também por poder expor minha arte de representar", disse.


O casal Thiago Pereira dos Santos, 29, e Núbia da Silva dos Santos, 32, frequenta o Centro Pop há um mês e gostou da festa. "Essa festa junina sempre ficará guardada nos nossos corações porque aqui só encontramos alegria nas pessoas", disse Thiago. Núbia complementou: "Temos aqui alegria e carinho. Todos somos iguais".
Para o assistido Paulo Silas, 27, os complementos fizeram a diferença na festa junina. "Na festa junina não pode faltar o forró, as meninas para dançar e as brincadeiras. A alegria está no nosso meio e faz a gente sorrir".
Integração
A assistente social do Centro Pop Yocléia Aureliano destacou a importância da ação. "É um momento positivo de integração dos técnicos com os assistidos. A sociedade discrimina e os vê como atores invisíveis. E nós não enxergamos eles assim. Pois todos merecem ser valorizados e são dignos de respeito pela sua história de vida".
O coordenador do Centro Pop, Mauro Motta, declarou: "Neste momento, podemos proporcionar, além do atendimento psicossocial, atividades lúdicas. Buscamos descontração, integração e favorecer o resgate de valores de pertencimento. Promovemos a confraternização, apesar da realidade tão dura dessas pessoas que vivem em situação de rua".

