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Dia de festa! Assim foi a quinta-feira (3), no Centro de Convivência para Crianças e Adolescentes de Sólon Borges. A equipe do  espaço promoveu um arraiá para celebrar datas comemorativas  e como forma de promover o fortalecimento de vínculos familiares, comunitários.O Arraiá "Toda Família tem seu Talento" foi um acontecimento marcante.

Um encontro aberto às famílias, amigos, vizinhos, conhecidos das crianças e adolescentes participantes do serviço. Joana Vitória Oliveira de Jesus, de 7 anos, foi uma das que levou mais "a sério" as orientações. "Chamei todo mundo - duas irmãs, um primo, o avó, além dos pais - para participarem da festa e me ver dançar quadrilha", contou a menina.

O pai, Benivaldo de Oliveira, revelou que deu uma pausa no trabalho de caminhoneiro para estar junto com a filha. "É maravilhoso poder participar. Vê-la alegre, alegra a gente também", falou. Visivelmente expressando orgulho e alegria Benivaldo complementou "é muito bom ver como eles (a coordenação e educadores sociais) tratam ela. Ela está sendo incluída. Esta inserida e tem pouco tempo frequentando aqui (dois meses)". Joana possui deficiência física.

O menino Pedro Souza Barcelos Pereira, 7, aproveitou para levar o amigo Heitor (6), a mãe Kelly Rosa Souza, que estendeu o convite a amiga Neimara Bonincenha. Kelly fez questão de destacar a felicidade e gratidão por ter a oportunidade de vivenciar esses momentos com o filho. "É muito importante e bom. Ele (Pedro) adoro tudo isso aqui", comentou.

Com tantos elogios à participação do filho no Serviço de Convivência, quis saber quais benefícios poderiam ser destacados. "Ele está muito melhor na escola. Está mais comunicativo. Está mais prestativo. E, em casa, nossos vínculos estão mais fortes. Tem amigos na vizinhança", relacionou ela. A animação da família do Pedro é tanta que a amiga Neimara disse que foi para "pegar carona".

Participação

Já a técnica de enfermagem Rute Gonçalves Dias, de 44 anos, mãe do menino Murilo (11), que tem déficit intelectual cognitivo e TDHA, fez questão de ressaltar o processo de inclusão e os vínculos estabelecidos a partir da participação dos filhos no Serviço de Convivência. Murilo é o segundo a frequentar esse espaço da Assistência Social.

Rute relatou que, 13 anos antes, quem era assídua no espaço era a primogênita Ana Carolina, hoje com 25 anos. "Ela participou das atividades aqui. Gostava tanto que dizia que ia estudar, fazer faculdade de Serviço Social para trabalhar aqui. E ela fez. Chegou a estagiar aqui. Hoje, trabalha em outro lugar. Minha relação com esse espaço é antiga. Aqui, a gente é abraçado", comentou.

Essa relação, segundo Rute, é forte. "Ele faltou à Apae hoje para participar das atividades aqui. O bacana é que, onde ele não se encaixa, aqui ele se encaixa. Aqui, tem inclusão", falou com felicidade. Sorridente, a técnica de enfermagem disse que as relações construídas no Serviço de Convivência se estendem para além do espaço.

"A gente experimenta o fortalecimento dos vínculos familiares e com a nossa comunidade na prática", disse ela, referindo-se a presença de uma vizinha de rua que estava no evento e a propaganda que a mesma estava fazendo dos seus trabalhos manuais no grupo de WatsApp do bairro.

A coordenadora do Centro de Convivência de Sólon Borges, Tatiane Galvão, comemorou a presença das famílias e a participação dos convidados. "Estamos fazendo um intenso trabalho de busca ativa para acolher as crianças, adolescentes e suas famílias. Nosso compromisso é promover a ampliação dessa inclusão social", disse a coordenadora Tatiane Galvão.

A técnica de referência do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) Sólon Borges, Katiucia Santana Azevedo, acrescentou que a ação teve como objetivo não somente a diversão, mas também contribuir para a interatividade cotidiana com amigos e familiares das crianças e dos adolescentes.

Para a secretária de Assistência Social em exercício, Graziella Lorentz, celebrar datas comemorativas com linguagem acessível e método lúdico tem intencionalidad. "Comemoramos a história de conquistas de direitos, comemoramos as lutas feitas por outros e motivamos novas conquistas. Isso tudo não envolvendo só a criança para toda a sua família e a extensa também", afirmou.