Publicada em 28/07/2015, às 12h22 | Atualizada em 29/07/2015, às 10h54

Por Paula M. Bourguignon, com edição de Matheus Thebaldi

Cajuns promovem aprendizado e despertam sonhos em crianças e adolescentes


Carlos Antolini
CAJUN de Santo André Oficinas de Capoeira e Balé
Pequenos participam de oficinas de capoeira no Cajun de Santo André
Carlos Antolini
CAJUN de Santo André Oficinas de Capoeira e Balé
Oficina de balé é uma das atividades oferecidas pelo Cajun

Crianças e adolescentes de 6 a 15 anos de idade contam com aulas de artes visuais e digitais, circo, música, dança, capoeira, percussão e outras atividades lúdicas nas 13 unidades do projeto Caminhando Juntos (Cajun) em Vitória. Nos locais, 1.411 alunos têm a oportunidade de, além da diversão, resgatar a autoestima e melhorar o convívio social com seus colegas, famílias e comunidade.

O Cajun de Santo André atende 130 pequenos no contraturno escolar. O espaço disponibiliza oficinas de jogos, brinquedos/brincadeiras e música, às segundas e quartas-feiras, e capoeira, dança (balé) e artes, às terças e quintas, das 8 às 12 horas e das 13 às 17 horas.

Kaylane Braz Reis, de 11 anos, faz aulas de balé, capoeira, música, artes e teatro. Com muita maturidade, ela diz que o Cajun é como uma família. "Antes, eu ficava em casa vendo televisão esperando a hora de ir para a escola. Aqui é como a minha segunda casa, uma família. Faz toda a diferença em minha vida".

Anna Crystiny Pereira da Silva, de 13 anos, faz aula de balé e já sonha alto. "O que mais gosto são as coreografias e os novos passos. Eu sonho ser uma bailarina profissional".

Carlos Antolini
CAJUN de Santo André Oficinas de Capoeira e Balé
Anna Crystiny Pereira da Silva sonha ser uma bailarina profissional
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Yzak Lopes Sobrinho frequenta as aulas de capoeira

Aprendizado

Yzak Lopes Sobrinho, de 14 anos, frequenta as aulas de capoeira desde abril e já conquistou novos amigos. "Antes, ficava em casa só no computador. Agora, estou aprendendo a fazer grandes amigos aqui e coisas novas, como aulas de capoeira, jogos, música e teatro".

Marcela Silva, 11, frequenta o Cajun há quatro anos e afirma o que mudou em sua vida: "Aprendi muitas coisas boas aqui, como tocar violão e flauta, capoeira e dançar balé. Antes, eu só ficava em casa e não arrumava meu quarto. Aprendi a respeitar os mais velhos, principalmente minha tia, pois, antes, nem estava interessada quando ela falava".

Kayla Vitória Borges, 9, espera aprender muitas atividades no Cajun: "Já aprendi a dançar balé, capoeira e tocar alguns instrumentos. Quero aprender muito mais".

Aptidão

A coordenadora do Cajun do território, Clisciane dos Santos, afirmou que o Cajun é importante para a vida dessas crianças e adolescentes. "As oficinas oferecem a interação e desenvolvimento social para essas crianças e adolescentes. Quando estão se inscrevendo, procuramos deixá-los bem à vontade para fazer a inscrição no que gostam ou que têm aptidão. Com esse projeto, eles têm a oportunidade de conhecer novas atividades e culturas, construir novos vínculos de amizade e conhecer seus direitos".

Facilitador da oficina de capoeira, Fabrício Abelardo disse que a atividade contribuiu para a formação e para a integração dos pequenos. "A capoeira e as demais oficinas são um espaço de integração. Antes, estas crianças e adolescentes viviam em suas casas ou na rua. Hoje, têm uma ocupação, uma expectativa de vida. Com o lado profissionalizante, encontraram lazer e cultura. Conhecem a musicalidade e uma nova filosofia de vida e estão tendo a oportunidade com atividades lúdicas".

Carlos Antolini
CAJUN de Santo André Oficinas de Capoeira e Balé
Coordenadora Clisciane dos Santos é abraçada pelas crianças do Cajun de Santo André: integração
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Fabrício Abelardo disse que a capoeira contribui para a formação e para a integração dos pequenos
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