Publicada em 09/04/2022, às 00h35 | Atualizada em 09/04/2022, às 00h37

Por Pedro Vargas (plrvargaseira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Matheus Thebaldi

Chega Mais" levanta o público ao colocar "Bloco na Rua" no Sambão do Povo


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O nome da escola faz o primeiro convite aos foliões: "Chega Mais". Foi cheia de energia que a agremiação dos bairros Do Quadro, Do Cabral e Santa Tereza entrou na avenida no segundo dia do Carnaval de Vitória, nesta sexta (8), às 23h05.

Com o enredo "Eu quero botar meu bloco na rua", Chega Mais foi a segunda escola do Grupo A a se apresentar e a animação começou ainda na concentração.

O desfile

Em busca da conquista de uma vaga no Grupo Especial, a agremiação contou em azul e branco, cores da escola, a história do Carnaval popular, relembrando as origens da festa com o Carnaval de Veneza, os blocos de rua e o início do Carnaval capixaba com o Bloco do Peru, de Castelo, e os bois pintadinhos de Muqui. 

Para a construção desse espetáculo, desfilaram 1.000 componentes, distribuídos em 19 alas e três alegorias. Na apresentação, foram utilizados ainda dois tripés.

Sob a coordenação do coreógrafo Matheus Schifirmann, a comissão de frente pediu, quase suplicou: "Deixa eu brincar meu Carnaval".

Sintetizando o enredo, ou seja, o desejo de se divertir no período carnavalesco, de brincarem fantasiados o Carnaval, os membros eram compostos por personagens comuns de se encontrar na folia, como Rei Momo, mascarados, Pierrô,  Colombina, Arlequim, odalisca, diabinha, palhaço, pirata, enfermeiro, marinheiro, Papaguns, monge, bailarina e noivinha. Em frente aos jurados, houve troca de roupas.

Foto Divulgação
Patrícia Cruz, rainha de bateria da Chega mais era pura emoção na concentração.
Patrícia Cruz, rainha de bateria da Chega Mais
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Nascida e criada no Morro do Quadro, a rainha de bateria, Patrícia Cruz, era pura emoção na concentração. "Poder voltar a desfilar e fazer essa festa são razão de muita emoção. Depois de tudo o que passamos, merecemos trazer e viver a energia do Carnaval novamente!", declarou.

"Mais do que nunca precisamos falar de Carnaval brasileiro, das ruas, de todas as camadas, irreverente, alegre e espontâneo. Essa festa tão grandiosa é e sempre será fonte inesgotável de possibilidades musicais e alegóricas. É preciso lembrar às pessoas o verdadeiro espírito dos festejos, suas origens e sua evolução. O Carnaval é uma manifestação popular que atravessa séculos e que precisa ser respeitada e compreendida em sua essência para que não se perca", defendeu o carnavalesco da escola, Anclébio Júnior.

Durante todo o desfile, a Chega Mais abordou o contexto histórico da folia que já pertenceu à elite e hoje é a festa mais democrática do país.

O carro abre-alas "Ô Abre Alas" fez referência à maestrina Chiquinha Gonzaga e à primeira marchinha carnavalesca que se tem notícia.

As 19 alas que se seguiram destacaram personagens e símbolos icônicos nos carnavais, como as cabrochas e malandros, tradicionais entre os sambistas cariocas; os grandes blocos, como "Cordão da Bola Preta", mais antigo bloco carnavalesco, fundado em 1918, e "Bafo da Onça", criado também no Rio de Janeiro, no bairro de Catumbi; os blocos da cidade de Salvador na Bahia, tradicional reduto do Carnaval, Olodum e Filhos de Gandhy e também outros blocos famosos do Nordeste como o "Bloco das Flores", "Galo da Madrugada" e "Bacalhau do Batata".

Banda de Ipanema

Ícone de irreverência e alegria do carnaval nacional, a "Banda de Ipanema" veio representada no segundo carro da escola, fazendo referência a vários homenageados do tradicional bairro carioca.

Carmen Miranda, Pixinguinha, Leila Diniz, e Chacrinha foram retratados para relembrar os desfiles da banda e uma de suas maiores referências: o troplicalismo, que muitas vezes deu o tom da folia, sempre sob os olhares atentos dos militares.

Blocos capixabas

Os blocos carnavalescos capixabas não poderiam ficar de fora e também receberam homenagem nas alas "Bloco do Caveira", tradicional grupo formado na década de 50 em São Torquato, "Alegria, Alegria", da região de Caratoíra e Santo Antônio, "Virgens de Caratoíra" e até mesmo o tradicionalíssimo "Banho de mar à fantasia", que reúne milhares de foliões no Carnaval de Manguinhos, na Serra.

Bateria de Momos

Ponto alto de qualquer escola de samba, a bateria, composta de 100 componentes, veio para a avenida caracterizada de "Rei Momo", líder máximo da folia que recebe as chaves da cidade para comandar os festejos do Carnaval.

Sustentabilidade

Uma nova característica adotada pela escola foi a reutilização dos materiais de anos anteriores. "Nós buscamos implementar a partir de agora essa diretriz de utilizarmos sempre materiais do barracão e de anos anteriores", ressalta Anclébio.

Carro 

A última alegoria a se apresentar, "Eu quero todo mundo nesse Carnaval", apresentou problemas na avenida, o que dificultou o encerramento do desfile, que foi concluído já no sábado (9), à 00h17.

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