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Compositor do hino oficial da cidade de Vitória morre no Rio de Janeiro
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Por Brunella França, com edição de Deyvison Longui
O pianista, maestro e compositor Carlos Cruz, autor do hino oficial da cidade de Vitória, faleceu aos 74 anos na manhã desta quarta-feira (30), no Rio de Janeiro, vítima de câncer. Carlos Cruz é um dos maiores compositores do Espírito Santo com muitas peças eruditas e populares.
O artista foi também diretor musical das grandes redes de TV, e teve músicas gravadas por grandes nomes da música brasileira, como Elza Soares, Marlene, Cauby Peixoto, Wilson Simonal, Eliana Pittman, Emílio Santiago e Angela Maria, entre outros.
Nascido em 11 de novembro de 1936, em Vitória, o maestro iniciou sua formação musical com seu pai, Clóvis Cruz. Em 1956, lecionou canto orfeônico no Ginásio São Vicente de Paula, em sua cidade natal. No ano seguinte, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde ingressou nos seminários de música da Pró-Arte, tendo estudado com Hans Fraff (piano), Esther Scliar (teoria) e Roberto Schnorrenberg (harmonia).
Em 1964, formou o grupo musical Carlos Cruz e Seu Conjunto. No mesmo ano, ingressou na TV Excelsior (RJ), onde assinou a produção e direção dos programas "Times Square", "Noite de gala", Espetáculos Tonelux", "Adoráveis trapalhões", "Essa gente inocente", "My fair show" e "Um instante, maestro". Sua carreira em televisão passou ainda pela TV Record/TV Excelsior (SP), TV Tupi, TVS/SBT, TV Bandeirantes e Rede Manchete.
Mas seu trabalho com a música continuava paralelo às demais atividades. Em 1982, venceu o I Festival de Música Capixaba, com sua composição "Sonatina para piano". Entre seus trabalhos eruditos, podemos destacar Suite Dona Beija; Ave Maria Para Criança Rezar; Lendas Capixabas; Peça em três movimentos. Mov 1 . A Lenda da Lagoa Juparanã / Mov 2 . O Frade e a Freira. / Mov 3 . Pico de Itabira; Adágio Para um Anjo e Hino Oficial da Cidade de Vitória.
Já em seus trabalhos populares, destacam-se A lâmpada de Aladim (com Wanderley Cardoso); A nega Inês (com Paulinho Resende); Can-can no Carnaval; E o amor ficou (com Almeida Rego); Eu sou mais eu; Intervalos; Mangueira minha alegria, O meu carnaval que passou, dentre outros.