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Jogos eletrônicos, WhatsApp e Youtube. Quem pensa que essas ferramentas são tendência apenas entre os jovens e adultos está muito enganado. Os idosos que frequentam o Centro de Convivência para a Terceira Idade (CCTI) de Jardim da Penha também estão conectados na era virtual.

O local oferece oficinas digitais com os temas "Eu e meu celular", "Inclusão Social" e "Jogos Digitais". A terceira idade aproveita a oportunidade para aprimorar os conhecimentos e se ambientar com as tecnologias dos seus tablets e os smartphones.

A atividade faz despertar nos idosos o interesse em baixar aplicativos em seus aparelhos celulares, seja para se aproximarem de algum parente ou amigo pelas mídias sociais, seja para buscar uma receita na internet ou fazer pesquisa de preços. Além disso, desenvolve o cognitivo e o lúdico entre os participantes.

"Através dos jogos, desenvolvo meu lado cognitivo e minha coordenação motora. Estou trabalhando minha mente. Antes eu só ligava o computador. Hoje já baixei alguns jogos e comparo alguns preços de mercadorias pelo celular", disse Maria Angélica Gonçalves Ribeiro.

Casal conectado

Casados há 43 anos, José Maria Lelis e Maria José Lopes Lelis aprovaram as oficinas digitais. "Entro no Facebook para me atualizar e ver o que está acontecendo. Às vezes, quando me interessa, ainda curto e comento alguma coisa. O que mais gosto mesmo é do WhatsApp", disse José Maria.

"Eu aproveito o Youtube para copiar as receitas de culinária e de bordado. Isso facilitou muito minha vida. Também tenho vários grupos de WhatsApp: parentes, retiros, familiares e amigos. É muito mais rápida a comunicação", comentou Maria.

Confiança

"O objetivo das oficinas é que os idosos consigam resgatar a confiança nas tecnologias, seja nos tablets, no computador ou nos celulares, e depois praticarem em casa com seus familiares e até mesmo seus netos. Ensinamos primeiro o passo a passo, como baixar os aplicativos, suas ferramentos e quais são os perigos caso eles entrem em sites não confiáveis. Eles amam postar fotos de suas atividades diárias, viagens e seu cotidiano", ponderou o educador social de Informática Lucas Fortuna.

Desafiador

"O que eu vejo como algo simples para eles tudo é novo. É algo desafiador e transformador ver os idosos motivados e cada aula eles comentando suas conquistas", ponderou Lucas.

Transformador

"O idoso, a partir do momento que começa a aprender as mídias sociais e os aplicativos, sente-se inserido dentro de um contexto atual. Importante também para ele aprender a linguagem que ele ouve em casa através dos filhos, dos netos e da própria mídia. Ao aprender, eles conseguem ter uma vida social mais ativa com os familiares e amigos", declarou Érika Fortuna, coordenadora do CCTI de Jardim da Penha.