Prefeitura de Vitória

A agilidade da equipe da Guarda Civil Municipal de Vitória (GCMV) salvou a vida de uma mulher e deteve o ex-companheiro dela, na noite de quarta-feira (25), no Centro de Vitória. A vítima, uma comerciante de 50 anos, já possuía medida protetiva e pediu ajuda assim que ele invadiu sua casa.  

"Fomos acionados via Ciodes-190 para uma situação em que uma mulher estaria sendo agredida no Centro de Vitória. O suspeito havia entrado na casa da vítima e chegou a usar um pedaço de espelho quebrado como arma, ameaçando cortar o pescoço. Assim que chegamos, ele tentou escapar correndo, logo o perseguimos até a Av. Beira-Mar, onde conseguimos alcançá-lo e detê-lo", detalhou o inspetor Albert, da Equipe 12h. 

Cerca de três horas antes, a vítima já havia entrado  em contato com o Ciodes-190 denunciando que o ex-companheiro havia invadido o bar dela. Uma equipe da Polícia Militar  chegou a ir ao local, mas não conseguiu encontrar o suspeito.

O detido foi levado ao Pronto Atendimento da Praia do Suá, pois apresentava lesões de automutilação. Somente este ano, o homem já havia sido detido em flagrante duas vezes por praticar violência contra mulher. Na primeira, em março, ele ficou um dia preso. Já em maio, ficou oito dias detido e saiu mediante alvará de soltura. 

Na noite de ontem, o ex-companheiro foi novamente conduzido para a  Delegacia Regional de Vitória após receber alta hospitalar.

Proteção

Na capital do Espírito Santo, combater a violência contra mulheres é um trabalho constante da Prefeitura de Vitória. O avanço na busca pela segurança das mulheres pode ser medido em números. Vitória teve 58 registros de violência sexual contra mulheres no primeiro semestre de 2024. Vitória é a cidade com o menor número de casos de violência doméstica da região metropolitana em 2024.

Os índices do Observatório de Segurança Pública trazem a dimensão do quanto é feito na cidade, reunindo diversas frentes de atuação, como a Secretaria de Saúde (Semus), Secretaria de Assistência Social (Semas), Secretaria de Cidadania e Direitos Humanos (Semcid) e a Guarda Civil Municipal de Vitória. 

O patrulhamento presencial constante é uma forma da Guarda estar próxima de qualquer mulher que precise de ajuda e via atendimento pelo telefone 190, a qualquer hora do dia. São essas equipes que fortalecem a aplicação das leis existentes contra os abusos sexuais e demais violências contra mulheres.

A cidade de Vitória também registrou uma queda de 75% nos casos de feminicídios em 2024. De janeiro a agosto do ano passado, foram quatro assassinatos de mulheres em razão do gênero. O único registro deste ano foi em junho, depois de cinco meses sem este tipo de crime na capital. É o menor índice também entre as cidades da Grande Vitória. 

"Temos um olhar cuidadoso sobre esta questão pois demandam ações conjuntas entre as secretarias da Prefeitura de Vitória e demais órgãos competentes, em especial porque esses crimes, em sua maioria, acontecem dentro de casa. É preciso lidar com desafios que antecedem a violência mais grave que é a retirada da vida", pontuou Amarílio Boni, secretário de Segurança Urbana.   

Entre as diversas iniciativas públicas voltadas para o combate e prevenção da violência contra a mulher e que, consequentemente, contribuem para a diminuição significativa de feminicídios na capital está o Botão de Pânico da Mulher. 

Além do empenho da força de segurança municipal, o enfrentamento aos feminicídios também recai sobre as causas raízes desta violência. Dentro desta sistemática, a Prefeitura de Vitória fortalece as redes de apoio às vítimas e as ações educativas. 

Casa Rosa

Um grande marco da luta contra a violência de gênero foi a criação da Casa Rosa, ponto de acolhimento, apoio psicológico e assistência médica para mulheres e suas famílias. Inaugurada em outubro de 2021, a Casa Rosa atende aproximadamente 290 pessoas por mês. Mais de 7 mil atendimentos foram realizados desde sua abertura.

Outro quesito que não é esquecido pela Prefeitura de Vitória é melhorar a qualidade de vida e independência das mulheres. Na capital, são ofertadas capacitações profissionais às mulheres, com programas de cursos de empreendedorismo.

Disseminar conhecimento sobre o tema é uma vertente também trabalhada nas ações educativas pela Semcid, por meio do projeto Maria da Penha Vai à Cidade. Com abordagens em espaços públicos, palestras e eventos, as equipes da Subsecretaria da Mulher orientam sobre os tipos de violência (psicológica, financeira, moral e física), onde procurar ajuda, indicando equipamentos como o Cramsv, a Casa Rosa e a Delegacia da Mulher, e canais de denúncia.

Desde janeiro de 2021, mais de 100 mil pessoas já foram alcançadas pela proposta na qual mulheres e homens, de todas as faixas etárias, são orientados com mensagens educativas pelo fim da violência contra as mulheres.