Publicada em 19/01/2018, às 12h14 | Atualizada em 19/01/2018, às 12h16
Por Milene Miguel, com edição de Josué de Oliveira
Maioria dos bairros de Vitória tem risco médio para infestação de mosquitos

A Secretaria Municipal de Saúde (Semus), através do Centro de Vigilância em Saúde Ambiental (CVSA), divulgou nesta semana o último resultado do Levantamento Rápido de Infestação do mosquito Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre os dias 8 a 12 de janeiro, na cidade de Vitória.
O LIRAA é realizado quatro vezes por ano no município e o resultado é apresentado por relação dos bairros trabalhados. Os locais são separados por regiões junto com os principais criadouros, o risco de transmissão (se alto, médio ou baixo) e as recomendações conforme o depósito para orientar a população sobre o controle do vetor da Dengue, Zika e Chikungunya.
O levantamento, mostrou que o índice de infestação na capital é considerado médio (2,3%). Porém, os bairros Grande Vitória, Universitário, Estrelinha, Inhaguetá, Bela Vista, Santo Antônio, Ariovaldo Favalessa, Mario Cypreste, Caratoíra, Santa Teresa, Cabral, Quadro, Santa Clara e Ilha do Príncipe tiveram o risco de transmissão considerado baixo, ou seja, menor que 1%.
Principais Criadouros
O LIRAA também mostrou que os principais criadouros dos mosquitos encontram-se dentro de residências em depósitos como vasos/frascos com água, prato, pingadeira, recipiente de degelo de
refrigeradores, bebedouros, pequenas fontes ornamentais, tonel, tambor, barril, tina, depósitos de barros (filtros, moringas, potes) cisternas, caixa d’água, capitação de água (poço, cacimba) entre outros.
Por esta razão, o CVSA orienta a população a realizar, ao menos uma vez na semana, o CheckList e evitar que o mosquito se prolifere.
"A orientação é que as pessoas permaneçam realizando vistoria de suas casas e imóveis em geral, pelo menos uma vez por semana, para eliminar depósitos com água parada e, assim, romper o ciclo de vida do mosquito. Além dessas ações, a Prefeitura faz o tratamento dos criadouros naturais dos mosquitos silvestres e comuns, com aplicação de larvicida biológico", disse a gerente de Vigilância em Saúde, Arlete Frank Dutra.
Ações de combate
O CVSA realiza regularmente ações de controle da população de mosquitos, por meio do combate às formas larvárias e aos mosquitos adultos, em todos os bairros de Vitória, com a realização de vistorias, tratamentos biológicos, monitoramento do Aedes aegypti e aplicação espacial e focal em UBV (fumacê).
Como medida preventiva, a Semus irá reforçar neste mês de janeiro, a circulação do carro fumacê com um novo roteiro em alguns pontos estratégicos. Os bairros selecionados foram os que mais contribuíram para o índice de infestação dos estrados, ou seja, onde foram encontrados um maior número de focos de mosquito Aedes aegypti.
“No momento não vivenciamos epidemia ou surto com relação às doenças transmitidas pelo vetor, de forma que a complementação se dá em caráter de prevenção. Vale ressaltar que a técnica consiste em aplicação de inseticida em Ultra Baixo Volume (UBV), gotículas que devem possuir entre 10µ e 25µ de diâmetro, que apresenta um odor característico mas pouca visibilidade, em razão do ultra baixo volume das gotas, formando uma névoa fina direcionada para os imóveis.” Afirma a coordenadora técnica do CVSA, Clara Scarpati
O objetivo da técnica é que os quarteirões sejam envoltos com a névoa para que o inseticida entre na casa das pessoas. “É a técnica mais adequada para o controle do mosquito Aedes aegypti, que tem seus criadouros predominantemente no interior dos imóveis, conforme é demonstrado no resultado do LIRAa”, conclui.