Publicada em 13/03/2025, às 00h00 | Atualizada em 13/03/2025, às 13h48

Por Giovana Rebuli Santos (girsantoseira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes

Saúde de Vitória se reúne com lideranças de Jardim Camburi para alertar sobre combate a mosquitos


Foto Divulgação
Semus e lideranças de Jardim Camburi reunem-se para debater formas de combate ao Aedes aegypti
Representantes da Secretaria de Saúde de Vitória e lideranças comunitárias de Jardim Camburi se reúnem para debater formas de combate ao Aedes aegypti.

 Na última terça-feira (11), a Secretaria de Saúde de Vitória (Semus) realizou uma reunião com lideranças do bairro Jardim Camburi e a equipe técnica do Centro de Vigilância em Saúde Ambiental (CVSA) para explicar detalhadamente sobre a proliferação de mosquitos na região, considerando tanto as ações humanas como também características geográficas do meio ambiente do bairro. 

Magda Lamborghini, secretaria de Saúde de Vitória, destacou que o principal objetivo do encontro é buscar a ajuda das lideranças do bairro para sensibilizar o máximo de pessoas sobre a importância de combater o Aedes aegypti dentro das residências. 

"De acordo com o Ministério da Saúde, 80% dos focos do mosquito estão nas residências. Os moradores precisam se tornar protagonistas e verdadeiros agentes transformadores dessa realidade. Nós capacitamos equipes para atender as pessoas que adoecem, investimos em drones e tablets para os agentes de combate às endemias, porém é combatendo os focos do mosquito que realmente faremos a diferença na qualidade de vida da nossa população", explicou. 

Durante a apresentação, o biólogo do CVSA André Capezzuto destacou a importância da prevenção da dengue, zika e chikungunya combatendo os focos do Aedes aegypti especialmente dentro das residências. Principalmente pelas características naturais do inseto, uma vez que cada fêmea pode postar 400 ovos e cada ovo pode sobreviver em qualquer recipiente sem água por um ano e meio.  

"Mesmo que consigamos matar todos os mosquitos adultos hoje, a reserva de ovos depositados fará com que milhares de mosquitos voltem ao meio ambiente em uma semana. A sobrevivência do mosquito no meio ambiente é muito eficiente", explicou Capezzuto. 

O coordenador técnico de Vigilância em Saúde Ambiental, Rogério Almeida, contou como viu o mosquito se adaptando ao longo dos anos para continuar utilizando os recursos de água próximos às pessoas.  "Quando começamos a trabalhar contra o Aedes aegypti em 97, não víamos focos de mosquitos em ralos de banheiro, era apenas em pneus e plantas". 

O vereador Maurício Leite lembrou dos pernilongos que também costumam incomodar muito os moradores do bairro. Sobre isso, o biólogo explicou que a posição geográfica de Jardim Camburi, muito próximo de um mangue e de uma área de charcos naturais, torna o bairro mais propenso a receber a infestação de pernilongos.  

"Nós utilizamos o fumacê contra os pernilongos, que vivem na área externa das casas. Porém, eles não transmitem arboviroses (dengue, zika e chikungunya). Para combater as arboviroses, é preciso combater o Aedes aegypti e esse mosquito tem se reproduzido dentro das casas das pessoas", explicou Capezzuto. 

Além disso, pelo fato de Jardim Camburi ser um dos bairros mais populosos do Estado, com muitos prédios e apartamentos, a quantidade de pessoas suscetíveis aos mosquitos é muito maior que em outros lugares. 

O vereador Bruno Malias elogiou as explicações afirmando que aprendeu muito com a apresentação da equipe técnica. "Muito didática a explicação sobre as diferenças entre os mosquitos que vivem no nosso meio ambiente, como o mosquito da dengue vem se adaptando à presença humana para se proliferar e como até mesmo o uso de fumacês com menos fumaça faz parte das novas estratégias pra combater o mosquito".  

Oropouche  

A bióloga do CVSA, Livia Marini, também explicou sobre o mosquito maruim e a febre Oropouche, destacando as principais formas de se proteger: 

Evitar se expor aos mosquitos no horário em que eles ficam mais ativos:  no início da manhã e fim da tarde.  Quando a exposição a ambientes com maruins for inevitável, recomenda-se usar blusa de manga longa, de tecido não muito fino e trama fechada, calça comprida e sapato fechado. Se a pele ficar exposta, utilizar óleo corporal, pois o inseto, por ser muito leve, ficará "grudado" no óleo e não conseguirá picar.  

Os maruins voam em grandes grupos formando nuvens e, caso haja infestação perto de casa, recomenda-se fechar as janelas no horário de pico do vetor, pois o uso de telas mosquiteiras pode não ser eficiente devido ao seu tamanho reduzido em comparação aos mosquitos em geral.  

Os sintomas da Oropouche incluem febre alta, dor de cabeça, dor muscular, mal-estar e, em alguns casos, tontura e náuseas.  A Secretaria de Saúde de Vitória reforça que, com esses sintomas, o munícipe deve procurar a Unidade de Saúde mais próxima de sua residência.

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