Publicada em 08/09/2011, às 17h21
Por Brunella França, com edição de Deyvison Longui
Com a colaboração de Sandra Aguiar
Vitória 460 anos: ruas e calçadas viram pista de samba na Ilha das Caieiras

O que é bom merece bis. Pensando assim, a funcionária pública federal Vera Passos, 50 anos, voltou para prestigiar o segundo e último dia de shows e festival de mariscada na Ilha das Caieiras, em comemoração aos 460 anos de Vitória.
Ela, que no dia anterior tinha chegado à tarde e ficado até a noite, planejava dançar mais samba, ao lado dos amigos. Dessa vez, escolheu uma mesa bem em frente ao palco, onde Tonico do Cavaco abriu o espetáculo, seguido de Jovaldo Guimarães.
Entre um músico e outro, a programação deu vez ao público infantil, com show de palhaços. À noite, a partir das 20h, ainda tem Jadir Alves e Ferreira Som, para transformar ruas e calçadas em pistas dos que sabem ou simplesmentegostam de sambar.
A exemplo do 7 de setembro, muitas famílias tomaram conta do lugar, seja pela música, seja pela culinária típica das Caieiras.
Algumas de bem longe, como Bernadete Fortunato dos Santos, 56 anos. Ela, a nora Juliana Bonfim dos Santos, 34 anos, e a neta Giovana, de 4 aninhos, vieram do Rio de Janeiro para a festa. "Já estava combinado há um bom tempo que a gente viajaria para aproveitar o aniversário de Vitória”, ressaltou.

Segundo Bernadete, alguns parentes moram no bairro e esperavam por elas para completar a comemoração. Todas, inclusive a pequena Giovana, não viam a hora de experimentar a torta capixaba. Mas Juliana era mais curiosa, pois ainda não conhecia o prato.
Boa comida e também a beleza do lugar motivaram o casal Anderson Luiz Barcelos, segurança, 27 anos, e Natália Alves Mota, cabeleireira, 29, a sair de São Pedro III, logo cedo e apreciar a festa.
"Sempre que a gente pode, vem aqui. É a nossa diversão", disse Anderson.
"Aqui tem mais movimento do que os outros lugares", justificou o técnico de automação Jeferson Rocha, 40 anos. De Vitória, ele levou a mulher Joice Resende, 47, para curtir a festa numa mesa bem próxima à orla.
"Vamos comer um peixe e esperar para ver o show no palco", observou, já que poderia fazer as duas coisas sem sair da cadeira.A animação do público era a mesma do produtor de palco Luciano Cabelo.
"Isso aqui está fantástico. É um evento eclético, para todos os gostos, as pessoas cantam, dançam e se divertem. Além do mais, não tem confusão, a festa é segura", resumiu, esperando só alegria até as 23h30, horário previsto para a festa acabar.