Prefeitura de Vitória

Emoção, superação e inspiração. Essas três palavras marcaram a visita da jovem Luiza Fiorese, de 24 anos, na manhã desta quarta-feira (14), à sede da Prefeitura Municipal de Vitória. Acompanhada dos pais, Lúcia Guisso e João Bosco, ela contou com entusiasmo sobre sua ida às Paralimpíadas de Tóquio, no próximo mês, representando a seleção brasileira de vôlei sentado.

"Sempre amei o esporte e não me via fora dele. Hoje, de maneira diferente, sinto um orgulho enorme de representar o Espírito Santo e o Brasil em uma competição tão importante como as Olimpíadas. Quero ser motivo de inspiração para muitas pessoas", disse a atleta.

História

Desde criança, Luiza sonhava alto: queria ser atleta profissional. Na escola, em Venda Nova do Imigrante, na Região Serrana do Estado, ela gostava de todas as modalidades nas aulas de Educação Física, mas foi no handebol que se destacou.

Mas o destino traçou outro caminho para ela. Aos 15 anos de idade, foi diagnosticada com câncer no fêmur da perna esquerda e ficou por quase seis anos longe das quadras.

Em 2018, uma das jogadoras da seleção brasileira de vôlei sentado viu Luiza em um programa de televisão e entrou em contato com ela pelas redes sociais. E assim começou sua história com o vôlei paralímpico. "Não conseguia me ver fora do esporte, mesmo na época do tratamento da doença. Sou corajosa como minha mãe e sabia que daria a volta por cima", contou.

Luiza frequenta o Centro de Referência Paralímpico de Goiás, do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que amplia a promoção da prática do esporte da iniciação ao alto rendimento.

Orgulho

O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, e o secretário municipal de Esportes e Lazer, Sandro Parrini, acompanharam a visita e se emocionaram com a história da jovem.

"A Luiza é um verdadeiro exemplo, um orgulho para nós. Ela conseguiu transformar a dificuldade em oportunidade. Isso é maravilhoso!", disse o prefeito.

A jogadora da seleção brasileira conta que não quer somente trazer uma medalha. Ela continua sonhando alto e quer transformar o mundo. "Não quero ‘apenas’ ir para uma Paralimpíada e conquistar uma medalha. Quero representar o País e as pessoas com deficiência. Quero ser uma inspiração. Precisamos de ídolos mais plurais e mais representativos. Precisamos de ídolos com deficiência, mais mulheres, mais pessoas diferentes. Quero ser essa pessoa para alguém", finaliza a jovem.