Publicada em 31/10/2017, às 16h02 | Atualizada em 31/10/2017, às 18h37
Por Josué de Oliveira, com edição de Matheus Thebaldi
Estudantes de mestrado discutem ações de enfrentamento à violência doméstica


Depois de debater temas ligados a homofobia e diversidade sexual, estudantes de mestrado da Universidade de Vila Velha (UVV) colocaram em pauta uma discussão sobre violência contra a mulher. O encontro, realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Cidadania e Direitos Humanos (Semcid), aconteceu na segunda-feira (30) e reuniu representantes de órgãos públicos, estudantes e movimentos sociais.
Na roda de conversa, promovida pela disciplina de Segurança Pública, a coordenadora de Políticas de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres, Mariana Bernardes, apresentou os serviços que o município oferece no enfrentamento à violência doméstica. São eles:
- Botão do Pânico, que é uma ferramenta pioneira na capital e serviu de referência nacionalmente;
- Centro de Referência e Atendimento à Mulher em Situação de Violência (Cramsv), onde há um serviço psicossocial para as vítimas;
- Espaço Fala Homem, que é um projeto que visa fazer com que o agressor não volte a cometer novos atos violentos.
Depoimentos
Mariana também reforçou a necessidade das ações de promoção do enfrentamento e de prevenção à violência contra a mulher. Durante o encontro, participantes também deram depoimentos de situações vivenciadas sobre o tema. "Esse é um momento ímpar. Tenho certeza que desse encontro vão sair frutos produtivos não só para nós, profissionais, mas para a população vulnerável que tanto precisa", disse.
Fora do muro
O professor responsável pela disciplina, Humberto Ribeiro Júnior, percebeu que esse método de discutir temas relacionados aos Direitos Humanos está sendo positivo. Segundo ele, o objetivo do projeto é ultrapassar os muros acadêmicos e debater a teoria da sala de aula na prática.
"Minha ideia foi tentar fazer algo diferente, justamente para que a disciplina pudesse expandir seus horizontes, sair da sala de aula e começar a ter contato com as pessoas", explicou.
Nas próximas duas segundas-feiras, acontecem novas rodas de conversas com outras temáticas relacionadas aos Direitos Humanos. São elas: juventudes e racismo.