Prefeitura de Vitória

O auditório dos Ipês, montado na Feira do Verde, foi espaço de discussão sobre os medicamentos fitoterápicos, com a presença de especialistas de outros Estados, entre eles a farmacêutica do Ministério da Saúde, Rosane Alves. Na ocasião, foram discutidos os processos desde o plantio até a produção dos remédios fitoterápicos.

A médica especialista em Fitoterapia e referência técnica da área, na Secretaria Municipal de Saúde, Henriqueta Tereza do Sacramento, falou da importância dessa discussão para o município.

"Essa é uma área de conhecimento que requer muitos atores e profissionais para sua efetiva inserção. É necessário conhecer a legislação, as técnicas de cultivo e os resultados das pesquisas científicas que confirmem sua eficácia e segurança", apontou.

A farmacêutica do Ministério da Saúde, Rosane Alves, iniciou sua palestra explicando o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. "O principal objetivo do programa é garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso sustentável da biodiversidade, o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional", ressaltou.

Logo em seguida, foi a vez da explicação do professor da Universidade Federal de Mato Grosso, Domingos Tabajara. Ele fez um breve histórico da utilização dos fitoterápicos desde os primórdios da humanidade, passando pela Grécia e Roma antigas, por Cláudio Gaulino e pela diversidade de plantas medicinais encontrada pelos portugueses, na descoberta do Brasil.

Domingos falou ainda sobre o mercado dos fitoterápicos, que, atualmente, é dominado pela Europa Ocidental, América do Norte e Japão. "Cerca de 70% da indústria nacional é dominada por multinacionais", disse ele. A coordenadora do Núcleo de Inovação Tecnológica da Farmanguinhos, Wanise Barroso, explicou sobre a Lei de patentes no Brasil e o acesso aos medicamentos.

"É importante depositar o pedido de patente, antes dos resultados finais das pesquisas, por conta da espionagem das empresas", alertou. Para encerrar foi aberto um debate conduzido pelo professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Ricardo Machado Kuster.