Publicada em 04/04/2013, às 17h03 | Atualizada em 04/04/2013, às 17h03
Por SEGOV/SUB-COM (secomeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Matheus Thebaldi
Com a colaboração de Vinicius Yungtay e Marcus Monteiro
Furto de fios elétricos em vias públicas pode dar até oito anos de prisão

O roubo e a depredação de equipamentos públicos são problemas que ainda ocorrem em Vitória. Junto aos delitos mais comuns, como o furto de placas, materiais de sinalização e depredação de lixeiras, existe também o roubo da fiação pública de eletricidade. Segundo a Polícia Civil do Espírito Santo, a prática prevê de dois a oito anos de prisão.
Os fios de energia elétrica são roubados principalmente para o derretimento do cobre, presente em sua estrutura interna, e são supostamente vendidos em ferros-velhos que alimentam o comércio ilegal do metal condutor. A Prefeitura de Vitória está atenta aos fatos e trabalha para evitar essas infrações.
Em Vitória, o problema maior é o furto dos cabos que alimentam a iluminação pública. Segundo a Secretaria Municipal de Obras (Semob), 80% dos fios que iluminam a orla de Camburi foram furtados nos últimos meses. A retirada reduz consideravelmente a segurança dos moradores dos locais atingidos e dos cidadãos que frequentam o calçadão, a praia e a ciclovia, dificultando a identificação de crimes e facilitando a ação de bandidos.
Segundo o secretário municipal de Segurança Urbana, Welington da Costa Ribeiro, com a recente alteração da escala de trabalho da Guarda Civil Municipal, que passou a atuar 24 horas por dia, esse tipo de infração poderá ser melhor fiscalizado. "Os técnicos da Secretaria de Obras descobrem pela manhã que os fios foram furtados. A prática criminosa ocorre provavelmente durante a madrugada, justamente no período em que não atuávamos".
A prática do furto também representa alto risco de morte, pois, dependendo da linha alimentadora, a carga de energia elétrica pode matar ao menor contato. Além do risco ao próprio ladrão, restos de fios caídos e desencapados ainda ligados à energia podem encostar em pedestres. Em caso de chuva, o problema pode ser ainda maior por conta da capacidade condutora da água, podendo atingir pessoas a metros de distância do fio.
Por ser um metal, depois de derretido é quase impossível saber a sua procedência. De acordo com a Polícia Civil do Espírito Santo, o cobre é um material que tem fácil aceitação no mercado. A retirada ilegal dos fios se enquadra como furto qualificado mediante destreza ou escalada, previsto no artigo 155 do Código Penal, com previsão de dois a oito anos de prisão.
O secretario Welington da Costa lembra que situações dessa natureza, como o furto de bens públicos, devem ser denunciadas por meio do telefone 190 ou 181.