Publicada em 27/02/2025, às 18h50 | Atualizada em 28/02/2025, às 16h00
Por Rosa Blackman (rosa.adriana@vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes
Intergeracional: Idosos e adolescentes do Centro de Convivência de São Pedro vão ao parque aquático

Que dias de sol e calor combinam com praia, sorvete e água de coco ninguém nega. Se a pergunta for feita entre os adolescentes, adultos e até mesmo pessoas idosas que participam de atividades no Centro de Convivência (CC) de São Pedro, eles responderão que essa é a mais perfeita combinação. Por isso, o passeio a um parque aquático marcou o dia de frequentadores do espaço.
Uma dessas pessoas é Maria das Graças Martins. A idosa não cansa de repetir que o passeio até o parque aquático foi uma coisa maravilhosa. "Estava precisando disso, de um dia de lazer, de convivência com as amigas e descanso", comentou ela. A sensação de alegria tomou conta de Daides Maria Gonçalves Santos, ao ponto dela afirmar que nunca viveu coisa igual na vida.
Para o adolescente João (nome fictício), ir ao parque aquático com aquele grupo foi algo novo. Ele cumpre medida socioeducativa no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Maruípe e participa do Projovem.
A coordenadora do Centro de Convivência de São Pedro, Karine Juvencio, faz questão de enfatizar que a organização do passeio ao parque aquático tem um papel fundamental que vai além de uma ação intergeracional entre os grupos de pessoas idosas, Projovem e do serviço de medida socioeducativa. "Para eles, representa muito mais do que um simples encontro de gerações. É um momento em que podem compartilhar experiências com os idosos e, ouvir deles memórias e histórias de vida", comentou ela. Este momento, para Karine, reforça a importância e a potência do trabalho realizado pelas equipes nos serviços socioassistenciais.
"Estamos trabalhando pela garantia de direitos e pelo acesso a espaços que, muitas vezes, foram pouco ou nunca frequentados por nossos atendidos. Que essa iniciativa seja apenas o início de muitas outras, fortalecendo vínculos, ampliando horizontes e mostrando, na prática, que a convivência e o respeito mútuo podem transformar realidades", disse Karine.
O educador social Kleber Marins, que atua no Centro de Convivência, enfatiza que estreitar os laços com o SCFV é fundamental para que os adolescentes do Creas possam criar sua rede de contatos, expandindo suas possibilidades no território e para além dele. "Conhecendo serviços e participando ativamente, transformando seu 'eu' interior e o mundo ao seu redor", comentou ele.
Para a gerente dos Serviços de Convivência da Secretaria de Assistência Social (Semas), Cristina Silva, todas as atividades planejadas e executadas nas 21 unidades dos Centros de Convivência tem como objetivo a promoção da convivência em grupo, criando um espaço de troca afetiva e de experiências. "Isto costuma ser essencial para o bem-estar emocional dos adolescentes e, principalmente, para as pessoas idosas", disse Cristina.
Ao ouvir os relatos, a secretária de Assistência Social, Cintya Schulz, disse que o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários é um grande fator de proteção social. "Os encontros intergeracionais e os momentos de convívio são essenciais para criar vínculos entre as pessoas e as equipes da Assistência Social. Nosso trabalho é garantir direitos, a equipe está de parabéns pelo trabalho realizado com excelência e foco nas pessoas", destacou.