Prefeitura de Vitória

Momentos de descontração marcaram a passagem do músico carioca Jards Macalé no evento Fábrica.Lab Infinitas, na Fábrica de Ideias, em Jucutuquara, na noite desta quarta-feira (19). Ele levou sua experiência para a plateia e tocou o repertório do disco "Real Grandeza" (2005), que conta com músicas próprias feitas em parceria com o poeta Waly Salomão.

"Achei ótimo receber esse convite para falar em Vitória. Adoro estar com pessoas criativas e tudo que diz respeito a inovação me atrai", destacou ele, ao se referir ao evento que a Prefeitura de Vitória e o Instituto Sincades apresentam até o dia 29.

Durante o workshow, ele foi entrevistado pelo pesquisador musical Miguel Jost Ramos, que sabe tudo sobre a vida de Macalé. Com sua marca irreverente, Macalé contou passagens de sua vida de 71 anos, em que já teve experiência como ator, cantor e compositor.

Desde a infância, sempre foi rodeado de música. É autor de canções como "Vapor Barato", "Anjo Exterminado", "Mal Secreto", "Movimento dos Barcos", "Rua Real Grandeza", "Alteza", "Hotel das Estrelas" e "Poema da Rosa". Entre seus inúmeros parceiros, estão Abel Silva, Vinícius de Moraes, Fausto Nilo e Gláuber Rocha.

Diversos cantores já interpretaram suas músicas com sucesso. Gal Costa, com sua voz inconfundível ("Hotel das Estrelas" e "Vapor Barato"), Maria Bethânia ("Anjo Exterminado" e "Movimento dos Barcos"), Clara Nunes ("O mais-que-perfeito"), Camisa de Vênus ("Gotham City") e O Rappa ("Vapor Barato").

Apelido

O apelido de "Macalé", que ganhou ainda criança, é uma referência ao pior jogador do time do Botafogo daquele tempo. Seu nome de batismo é Jards Anet da Silva. No cenário musical brasileiro, Macalé já passou por períodos de turbulência, mas, atualmente, tem recebido em shows o acompanhamento de músicos contemporâneos, como Otto e Céu.

Ele ressaltou também que é autor da trilha sonora do documentário Hélio Oiticica - O Filme, do diretor César Oiticica Filho, exibido momentos antes do workshow.