Publicada em 23/12/2008, às 10h57
Por Janete Carvalho, com edição de Inês Ferreira
Obra de arte traduz universalidade de direitos humanos

Uma escultura denominada "Unidade e Diversidade", do renomado artista plástico goiano Siron Franco, é o Prêmio Direitos Humanos 2008, concedido à Secretaria de Cidadania e Direitos Humanos (Semcid), pelo Governo Federal. Em forma de uma grande semente, feita de resina cristal transparente, contém em seu interior diversos grãos, como arroz, feijão, grão de bico, café, pimenta, um chip de computador e um fragmento de ouro, que representa a universalidade e a indivisibilidade dos direitos humanos. O Prêmio foi recebido esta semana, em Brasília, pelo titular da Semcid, Antônio Caetano Gomes e pela gerente de Políticas de Direitos Humanos, Durvalina Oliosa.
A seleção feita pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República contemplou o Programa de Educação em Direitos Humanos, desenvolvido pela Semcid desde 2005. O Programa compreende cinco grandes ações: realização de campanhas de direitos humanos, capacitação de mulheres promotoras legais, ações de educação em direitos humanos para servidores e para membros da comunidade, além da realização do Prêmio Agente Amigo da Paz.
Na prática, o exercício desse aprendizado tem feito a diferença na vida de várias pessoas. Um dos destaques é a atuação do pastor Francisco Furtado, 53 anos, morador do bairro da Penha, que após o curso de Promotores de Cidadania, aprendeu a fazer habeas corpus e já tirou algumas pessoas da cadeia. Segundo ele, elas tinham sido presas indevidamente, tendo seus direitos humanos violados. A moradora do bairro São Pedro, Alenilda Barreto, atua como voluntária no bazar da associação de mulheres do local e dá aulas de capoeira para crianças da comunidade.