Prefeitura de Vitória

Na última segunda feira (22), às 16h, no Teatro Carlos Gomes, foi inaugurada a Sinalização Turística Interpretativa do Centro Histórico de Vitória, produzida e implementada pela Diretoria de Turismo da Companhia de Desenvolvimento de Vitória (CDV), junto ao Instituto Goia. É a primeira do Brasil a seguir normas definidas pelo Guia Brasileiro de Sinalização Turística do Ministério de Turismo.

Ao som de flautas retas do séc. XVII, alaúde, viola de gamba e guitarra barroca o "Conjunto de Música Antiga da Cidade de Vitória" teve início a cerimônia, seguida da apresentação do esquete “Peroás e Caramurus”, encenada pelo Grupo Camaleões. Logo depois, o gerente responsável, Jovan Demoner, mostrou o projeto aos presentes.

Quarenta e cinco placas de lâmina de aço e acrílico foram instaladas no espaço urbano compreendido entre a Vila Rubim e o Clube Saldanha da Gama, sinalizando o Centro Histórico de Vitória. As localizações das placas seguem as normas de visibilidade, formas e impacto no ambiente e nos fluxos normais da cidade definidas pelo Guia. As placas interpretativas foram instaladas na região, do lado externo e interno aos monumentos e irão direcionar o pedestre, indicando os principais acessos ao centro histórico, demarcando e mapeando o espaço.

De acordo com o presidente da Companhia de Desenvolvimento de Vitória e presidente do Conselho Municipal de Turismo, Silvio Ramos, o projeto de sinalização interpretativa é uma forma de comunicação entre a população e a história da cidade, através dos monumentos históricos. “O pedestre, morador ou turista pode entender a importância daquele marco da história ali presente” afirma Ramos, “além disso o mapeamento do Centro Histórico de Vitória contribui diretamente para a revitalização do centro” continua.

Metodologia

O método de confecção e instalação das placas de sinalização turística é proposto pelo Ministério do Turismo, mas tem em Vitória a sua primeira experiência. As normas técnicas dispõem a ordenação e colocação da sinalização. Segundo o guia brasileiro “o projeto preliminar é desenvolvido a partir do Plano Funcional e deve considerar aspectos referentes à padronização, aos tipos de placas e aos critérios de seleção e ordenamentos das mensagens”.

“A diferença é que a comunicação é qualitativa, prioriza registros que são importantes e que se reportam à história daquele lugar, daquele monumento levando o morador e o turista a fazer associações e a andar pelo Centro Histórico ao mesmo tempo em que visita a história” destaca Anderson Fioreti de Menezes, diretor de turismo da CDV.

O conteúdo das placas foi objeto de pesquisa realizada pelo Projeto Visitar, coordenada pelo Instituto Goia, quando foram levantadas informações históricas de fontes primárias, documentadas em arquivos. Os textos foram produzidos com base nestas informações e revisados pela coordenadora de história do Projeto, a historiadora Leonor Araújo. Foram traduzidos para o inglês. As placas também contam com mapa dos roteiros e as placas de monumento possuem fotos que retratam os períodos históricos do próprio monumento.

Placas

As placas interpretativas ilustram, contam histórias, reforçam temas, através de informações qualitativas. As quarenta e cinco que serão instaladas dividem-se em seis placas de região, onze de entorno de monumento, vinte e uma internas de monumentos e sete placas direcionais para pedestres.

A Política Pública Municipal para a Revitalização do Centro, implantada pela Companhia de Desenvolvimento de Vitória com o intuito de preservar os patrimônios culturais do centro da cidade foi o pontapé inicial para a criação de iniciativas como a sinalização dos monumentos, sendo uma das atividades do Projeto Visitar.

Os parceiros do projeto de sinalização interpretativa são a Mitra Arquidicocesana, a Secretaria de Estado e Cultura do Espírito Santo, a Irmandade de São Benedito do Rosário, a Venerável Arquiconfraria Nossa Senhora da Boa Morte e o Instituto Goia. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) é um dos parceiros cuja chancela se encontra nas placas, conforme normas do Guia Brasileiro de Sinalização.

Localização das placas

Os tipos de placas escolhidos para orientar o Centro Histórico de Vitória são:

6 placas na região do centro:

Casa Porto das Artes Plásticas – Antiga Capitania dos Portos: na esquina da Rua Barão de Monjardim com a Avenida Jerônimo Monteiro, nas proximidades da Casa Porto das Artes Plásticas. Mercado da Vila Rubim: no interior do mercado Praça 8 de Setembro: próxima a um dos canteiros de árvore, ao lado de um orelhão Praça Costa Pereira: próxima à faixa de pedestre em frente ao Teatro Glória Escadaria Bárbara Lindemberg: ao pé da escadaria, próxima do muro de arrimo em pedra, deslocada do eixo da escadaria para a esquerda. Parque Moscoso: na esquina do parque mais próxima à escadaria Carlos Messina, onde há hoje uma placa.

11 placas de entorno de monumentos:

Igreja Nossa Senhora do Rosário: no primeiro patamar da escadaria de acesso Teatro Carlos Gomes: na calçada lateral ao teatro Catedral Metropolitana de Vitória: próxima ao gradil no lado esquerdo da fachada principal Capela Santa Luzia: ao pé da escadaria de acesso, na calçada em declive Convento São Francisco: próxima à faixa de pedestre, em frente ao banco incrustado no muro de arrimo do jardim frontal do convento, onde já existe uma placa Igreja do Carmo: ao pé da escadaria de acesso Igreja São Gonçalo: no largo frontal existente onde hoje é utilizado como estacionamento, no alto da escadaria de acesso Escadaria São Diogo: ao pé da escadaria Escadaria Maria Ortiz: ao pé da escadaria, próximo ao muro de arrimo em pedra, onde há uma placa em bronze. Viaduto Caramuru: após o alargamento da calçada oposta ao viaduto na Rua Dom Fernando Palácio José de Anchieta: no jardim frontal do palácio, ao pé da escadaria de acesso

21 placas internas de monumentos.

7 placas direcionais para pedestres: 

Esquina da Av. Cleto Nunes com a Av. João dos Santos Neves, próximo a Caixa Econômica Esquina da Av.República com a Av. Florentino Ávidos No começo da Rua São Francisco Esquina da Rua Treze de Maio com a Rua Professor Baltazar Rua Sete de Setembro, na altura da praça Rua Carlos Gomes, ao lado do teatro Esquina da Av. Jerônimo Monteiro com a Rua do Rosário.