Publicada em 17/11/2010, às 19h55

Por Janete Carvalho, com edição de Deyvison Longui

Sustentabilidade: professor defende planejamento de ações na educação ambiental


"Educação ambiental não é um favor que uma empresa faz e, sim, uma exigência para obter a licença ambiental. Quem diz o que fazer é o Estado, para garantir o interesse público em detrimento do particular". 

A afirmação é do professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Carlos Frederico Loureiro, doutor em Serviço Social, pesquisador do CNPq e consultor sobre o tema de vários órgãos públicos.

Ao explicar, em evento técnico da 21ª Feira do Verde na tarde desta quarta-feira (17), sobre a abrangência da sustentabilidade, ele defendeu uma política que contemple programas de objetivos a curto, médio e longo prazos para consolidação de uma verdadeira educação ambiental.

O modelo antigo de dar as mãos para alcançar um objetivo, destacou ele, não funciona mais. Em gestão ambiental é importante um sistema estruturante, com uma política de formação continuada que envolva a revisão dos currículos.

O professor defende também a distribuição das disciplinas sobre educação ambiental com todos os envolvidos na construção do ensino e não a centralização de ações. E o que é necessário para que uma sociedade não imploda? Isso é a sustentabilidade e qualquer processo, nesse sentido, exige um movimento intenso de ruptura com as relações econômicas.

Loureiro lembrou que há o falso dilema preservação versus desenvolvimento, mas é preciso superar os parâmetros antigos. "E essa responsabilidade, não nasce do nada, é importante sair do varejo, de ações isoladas", ressaltou ao defender que a educação ambiental tem de sair da periferia das discussões sobre os interesses nessas questões.   

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