Publicada em 13/10/2009, às 18h00 | Atualizada em 13/10/2009, às 18h36

Por José Carlos Mattedi, com edição de Rafael da Silva Paes Henriques

Com a colaboração de Brunella França

Três peças nacionais no segundo dia do V Festival de Teatro de Vitória


Dois espetáculos de São Paulo, um do Rio de Janeiro, além do workshop de Teatro de rua, fazem parte da programação desta quarta-feira (14), segundo dia de atividades do V Festival Nacional de Teatro Cidade de Vitória. Todas as atividades são abertas ao público.

Às 12h, na Praça Costa Pereira, a peça Histórias para serem contadas, da Cia Pombas Urbanas (SP) ganha as ruas e promete mudar a rotina do Centro da Capital.

Às 16h, outro espetáculo vindo de São Paulo será encenado na Escola de Teatro e Dança Fafi para o público capixaba. Trata-se da peça Hysteria, do Grupo XIX de Teatro (SP). Em seguida, às 17h20, está programada uma demonstração do trabalho do grupo.

À noite, a partir das 20h, é a vez do teatro do Rio de Janeiro no palco do Teatro Universitário (Ufes). A Cia. Inconsciente em Cena monta o espetáculo Óidipous, filho de Laios - a história de Édipo Rei pelo avesso. A classificação é 18 anos. Após o espetáculo, a Cia. fará uma palestra aberta ao público, às 21h30. O debate terá a participação especial do artista plástico Gilbert Chaudanne, conhecedor de Nietzsche.

Os ingressos para os espetáculos na Fafi e na Ufes devem ser retirados na bilheteria dos teatros, nesta quarta (14), a partir das 13h. Cada pessoa tem direito a retirar um ingresso.

Outra atividade do dia é o workshop Teatro de rua, com a Companhia Pombas Urbanas, das 15h às 18h, no anfiteatro da Fafi. O encontro terá mais um formato de aulão sobre o tema tratado e haverá também demonstração de trabalho.

Adalberto Lima
XIX Hysteria
Às 16h, o espetáculo Hysteria, do Grup XIX (SP) será encenado na Fafi
Foto Divulgação
Pombas Urbanas - Histórias para Serem Contadas - O Homem-Cachorro
Histórias para serem contadas, da Cia Pombas Urbanas (SP) ganha a praça Costa Pereira ao meio dia

Sinopses

Histórias para serem contadas

Um grupo de atores vai de cidade em cidade tocando e cantando de praça em praça, representando o jogo da vida. Numa linguagem vibrante, eles contam histórias incríveis de pessoas comuns. Falam de um homem que virou cachorro e do camelô que ganhava a vida no grito e morria de dor de dente. Com humor e violência, as histórias revelam situações absurdas criadas na luta pela sobrevivência que pipocam e desaparecem. A rua, palco do espetáculo, é o cenário cotidiano destas tragédias, comédias e dramas urbanos que muitos não querem ver.

O espetáculo tem texto do dramaturgo argentino Oswaldo Dragún, escrito em 1957, e direção de Hugo Villavicenzio.

Hysteria

No final do século XIX, nas dependências de um hospício feminino carioca, cinco personagens internadas como histéricas revelam seus desvios e contradições, reflexos diretos de uma sociedade em transição, na qual os valores burgueses buscavam adequar a mulher a um novo pacto social.

Cenicamente, a peça se abdica do palco e dos recursos de sonoplastia e iluminação, optando por um espaço não convencional, no qual a plateia masculina é separada da plateia feminina, que é convidada a interagir com as atrizes. Essa interação, aliada a textos previamente elaborados, gera uma dramaturgia híbrida, única a cada apresentação. A direção é de Luiz Fernando Marques.

Óidipous, filho de Laios - A história de Édipo Rei pelo avesso

A peça é uma adaptação do psicanalista, dramaturgo e diretor teatral Antonio Quinet sobre o original de Sófocles, Édipo Rei. A montagem faz um paralelo entre o homem grego, o homem do Xingu e o homem da cidade. Óidipous representaria nossa origem greco-indígena, e por isso o diretor opta por levar à cena uma trilha original executada ao vivo, com instrumentos barrocos e indígenas. A peça é a terceira direção teatral do psicanalista Antonio Quinet.

O personagem principal, Óidipus (Édipo em grego), é o herdeiro de uma maldição que desconhece e alvo de filicídio por parte dos pais. É também objeto de desejo de sua própria mãe. Por desconhecer a maldição paterna, Óidipous "vai da cegueira dos fatos à cegueira de fato". O personagem fura seus próprios olhos quando descobre a verdade. Ignora sua origem, seus atos de incesto e parricídio e o desejo que o gerou e quase o matou.

Serviço (14 de outubro)

Histórias para serem contadas (SP)

Onde: Praça Costa Pereira

Horário: 12 horas

Hysteria

Onde: Escola de Teatro e Dança Fafi

Horário:16 horas

Em seguida, haverá demonstração de trabalho do Grupo XIX de Teatro

Entrada franca.

Óidipous, filho de Laios - a história de Édipo Rei pelo avesso

Onde: Teatro Universitário

Horário: 20h

Classificação 18 anos.

Em seguida, haverá demonstração de trabalho da Cia. Inconsciente em Cena - participação especial do artista plástico Gilbert Chaudanne.

Entrada franca.

As pessoas devem retirar os ingressos nas bilheterias dos teatros, a partir das 13h (limite de um por pessoa).

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