Publicada em 29/03/2016, às 18h14 | Atualizada em 30/03/2016, às 18h36
Por Maria Angela Siqueira, com edição de SEGOV/SUB-COM
Vacinação contra o HPV nas escolas começa dia 5 para meninas de 9 a 13 anos

A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) inicia, na próxima terça-feira (5), a vacinação nas escolas públicas e privadas de Vitória, para meninas de 9 a 13 anos de idade, contra o HPV (Papiloma Vírus Humano).
A vacinação nas escolas acontecerá durante todo o mês de abril e os responsáveis pelas alunas deverão autorizar que elas sejam imunizadas contra o vírus, que provoca o câncer do colo do útero. Nas escolas, será aplicada a primeira dose da vacina.
“A vacina está disponível nas unidades de saúde do município durante todo o ano, basta os pais, mães ou responsáveis pelas adolescentes nesta faixa etária levá-las para serem imunizadas", explica a referência técnica em imunização da Semus, Rubia Bonella.
E completa: "Estamos realizando a aplicação da primeria dose nas escolas durante o mês de abril para ampliar a cobertura”. A meta é vacinar, no mínimo, 80% da população alvo. Somente na rede pública municipal, a estimativa é aplicar a vacina em 7.100 meninas.
Estratégia
A vacinação para o HPV nas escolas públicas e privadas é uma estratégia da Semus para melhorar a cobertura de vacinação que previne contra o câncer de colo de útero.
Em 2015, foram ministradas a primeira e segunda doses da vacina em meninas de 10 a 13 anos de idade. Este ano, a faixa etária foi ampliada, contemplando a partir de 9 anos e mantendo o limite até 13 anos.
Segundo Rubia, Bonella, o câncer de colo de útero é atualmente a segunda principal causa de morte por neoplasias, seguido pelo câncer de mama, entre mulheres no Brasil. Além disso, registra alta mortalidade e faz por ano 5.430 vítimas fatais.
“A vacinação, com o objetivo de reforçar as atuais ações de prevenção do câncer do colo do útero, possibilitará, nas próximas décadas, prevenir essa doença”, observa.
Prevenção
Para a prevenção do câncer de colo de útero, a vacina contra o HPV na adolescência é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar. A realização do exame preventivo na faixa etária entre 25 a 64 anos, o Papanicolau, deve ser realizado anualmente e o uso do preservativo nas relações sexuais são orientações para prevenção da doença.
Rubia Bonella ressalta que a aplicação da vacina e os cuidados indicados refletirão na redução da incidência e da mortalidade do câncer do colo do útero. “O impacto, em termos de saúde coletiva, se dá pelo alcance de alta cobertura vacinal, gerando imunidade coletiva, ou seja, reduzirá a transmissão mesmo entre as pessoas não vacinadas”, conclui.
Outras vacinas
A Secretaria Municipal de Saúde aproveita a oportunidade para informar a população que a vacinação de rotina nas unidades de saúde vem se normalizando desde o início do mês de março, quando o município recebeu sua cota mensal integral para vacinas hepatite B, DT (difteria e tétano), hepatite A e antirrábica.
“No entanto essas doses não foram suficientes para atender grande número de pessoas que se encontravam desde 2015 com seus esquemas vacinais em atraso e ou necessitando iniciar esquemas”, explica a referência técnica da Semus.
No ano passado, o Brasil enfrentou problemas com abastecimento regular de alguns imunobiológicos, ocasionando uma grande demanda reprimida para alguns tipos de vacinas.
A técnica tranquiliza a população, lembrando que a Secretaria de Estado da Saúde já está a par da situação e que deverá providenciar junto ao Ministério da Saúde mais doses para suprir a demanda reprimida e manter as redes municipais abastecidas.