Prefeitura de Vitória

Quem acha que a arte de pintar ovos de Páscoa é uma simples brincadeira para divertir crianças, decorar casa ou para fazer a caça aos ovos no domingo de Páscoa está totalmente enganado. A atividade pode ser uma potente ação interativa entre crianças e adolescentes, contribuindo para quebra da barreiras intergeracionais e construção de vínculos afetivos e afetuosos.

A junção das crianças do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vinculos (SCFV) para crianças de 07 a 14 anos - Cajun e adolescentes do SCFV de 15 a 17 anos do Projovem, no mesmo horário, mesmo espaço e realizando a atividade de decoração de ovos de Páscoa, encantou Miguel, de 11 anos. "Achei um momento único e fabuloso. Foi uma oportunidade de exercitar a criatividade e conhecer outras pessoas", disse o menino.

Para o adolescente Pablo, de 15 anos, receber o ovo de Páscoa muito legal, mas o mais importante foi poder participar de uma atividade que possibilitou a integração dele e dos colegas do Projovem com as crianças do Cajun. "Essa integração e a inclusão dos dois grupos é muito boa", avaliou ele.

A menina Alice, de 10 anos, que mora na Praia do Suá, disse que a atividade com os adolescentes foi bem animada. "Achei tudo muito divertido. Aprender a decorar os ovos de Páscoa foi muito legal. Eu gostei de poder pintar os ovos de Páscoa e, de ver as pessoas maiores (adolescentes)", destacou ela.

Marcus Vinícius, de 14 anos, morador de Jesus de Nazareth, disse que a atividade ainda ajudou as famílias a manterem a tradição de comer ovos de chocolate no domingo de Páscoa. "Muitas famílias daqui (Projovem) não tem condições de comprar para dar para seus(suas) filhos(as). Por isso, essa iniciativa foi muito legal nisso também", comentou ele.

Integração

A assessora técnica do Serviço de Convivência Projovem Daiane Rodrigues contou que, além da confecção e decoração dos ovos o grupo participou de brincadeiras como "quebra de gelo" e gincana. "A atividade envolveu e promoveu a integração das equipes técnica dos dois serviços e até a comunidade local. Os ovos, por exemplo, foram confeccionados pela cozinheira do Cajun, a partir dos chocolates doados por alguns comerciantes da região. O produto final foi entregue de brindes para as crianças e adolescentes", disse Daiane.

A coordenadora local do Cajun Leilane Campos explicou que objetivo da atividade foi de estimular a participação das crianças e dos adolescentes, servindo como ponte para que os dois grupos se sentissem mais próximos. "A parceria é muito significativa. Essa atividade conjunta estimulou a aproximação, unindo esses ciclos de vida. Produzir atividades pensando nessa intergeracionalidade tem trazido resultados positivos para as equipes dos dois serviços", comentou. Leilane fez questão de apontar quais tem sido os pontos positivos: estímulo as relações de proteção; ampliação do repertório de amizades; o brincar junto; a quebra de barreiras e o medo de mudança de Serviço (a passagem do Cajun - específico para crianças - para o Projovem - voltado para adolescentes de 15 a 17 anos); e a interação.

Para a secretária de Assistência Social, Cintya Schulz, as atividades intergeracionais fazem parte da estratégia do trabalho social em todos os Serviços de Convivência de Vitória. "Essas atividades possibilitam a abordagem de vários temas como o respeito, a afetividade, a diversidade, a construção de memórias e, principalmente, o fortalecimento de vínculos e a proteção social. Temos destacados sempre os encontros de grupos com faixas etárias diversas para que a história de vida de um e do outro possam ser compartilhadas e no encontro ocorre variados processos de aprendizagem e convívio", disse a secretária.