Publicada em 08/12/2021, às 12h35
Por Brunella França, com edição de Andreza Lopes
Estudantes e crianças trabalham atividades de protagonismo na escola


“Seja protagonista da sua vida.” Esse foi o convite feito aos 462 estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Paulo Reglus Neves Freire, em Inhanguetá. Com atividades de leitura, jogral, aviões de papel, apresentações municiais, dramatização e coreografias, professores das turmas do 1º ao 9º ano envolveram seus estudantes na pesquisa e na vivência a respeito do tema protagonismo.
“Protagonismo é nós, estudantes e jovens, podermos escrever a nossa própria história. Essa experiência foi muito interessante, nós aprendemos várias coisas que eu não sabia, pudemos participar de muitas atividades e foi muito legal”, avaliou a estudante Ana Luiza, 14 anos, da turma do 8º ano.
Além das apresentações culturais desenvolvidas e produzidas pelos estudantes, a unidade de ensino também organizou a exposição dos trabalhos desenvolvidos ao longo do 3º trimestre, nas salas de aulas.
“Todo mundo participou e se envolveu, desde os estudantes menores até a gente, que já está no 9º ano”, destacou o estudante Vitor, de 15 anos. Para a estudante Lívia, 13 anos, e que frequenta a turma do 7º, as atividades diferentes foram aprovadas. “Protagonismo é ser sempre você mesmo. Esse trabalho foi muito bom, porque a gente geralmente não tem coisas diferentes a escola e fizemos cartazes na sala de aula, no pátio, além de outras atividades, foi divertido e diferente”, disse.
Envolvimento
Nenhuma turma ficou de fora da programação. O objetivo do projeto foi possibilitar aos estudantes refletir seu empoderamento no processo de reconstrução de sua história, enquanto sujeito de transformação na unidade de ensino, no território e na sociedade.
“A proposta dessa intervenção pedagógica foi refletir com os estudantes dessa unidade as temáticas empoderamento juvenil e protagonismo, trazendo essas temáticas para o cotidiano da escola e do território em que a unidade está inserida”, afirmou o diretor interino da Emef, José Rodrigues.
A organização foi dos professores da unidade de ensino, com a colaboração da equipe gestora, cuidadoras, merendeiras, assistentes gerais e porteiros.
Príncipes e princesas
Histórias de princesas de conta de fada e “O Pequeno Príncipe”, do escritor Antoine de Saint-Exupèry, são clássicos da literatura infantil mundial. No Centro Municipal de Educação Infantil Carlita Corrêa Pereira (CCP), na Piedade, o grupo 5 do vespertino apresentou para as demais turmas da unidade de ensino uma adaptação teatral dos poemas “A princesa da pele preta” e “O pequeno príncipe preto”, do escritor Marcelo Serralva.
A apresentação cultural compôs as ações previstas no projeto "Eu descobri... diferentes jeitos de ser criança nos 25 anos do Cmei CCP". Nos meses de novembro e dezembro, as crianças vêm conhecendo a história de como surgiu o Cmei, bem como sobre a pessoa cujo nome foi dado à escola.
As professoras utilizaram a história de Carlita, professora e mulher negra, para discutir junto às crianças aspectos da Educação para as relações étnico-raciais e empoderamento do povo negro.