Publicada em 20/11/2015, às 13h51 | Atualizada em 20/11/2015, às 14h43

Por SEGOV/SUB-COM (secomeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Matheus Thebaldi

Com a colaboração de Jaldecy Pereira

Lama: Prefeitura cobra respostas e ações de empresas sobre desastre ecológico


Diego Alves
Ponte de Camburi - Acesso à ponte - Praia de Camburi (Vista do Hotel Confort
Prefeitura cobra ações para impedir que os rejeitos cheguem ao mar de Vitória

A Prefeitura de Vitória encaminhou, nesta sexta-feira (20), ofícios à Vale e à Samarco solicitando esclarecimentos sobre os possíveis impactos que podem ser provocados na capital capixaba com o rompimento da barragem em Mariana (MG).

No ofício, estão questionamentos como:

  • Qual a previsão de chegada da lama oriunda do rompimento da barragem ao município de Vitória?
  • Quais são os efeitos possíveis do derramamento dessa lama no oceano e os impactos no ecossistema marinho, bem como no manguezal e vegetação de restinga?
  • Quais são as medidas de contenção que estão sendo adotadas por estas empresas para impedir a chegada da lama?
  • Há um plano de controle e mitigação de eventuais impactos sobre o ecossistema marinho, suas interações com o manguezal e com a vegetação de restinga?

A Prefeitura de Vitória leva em consideração a distância entre Vitória e Regência, no litoral norte do Estado, onde fica a foz do Rio Doce, por onde a lama vai chegar ao oceano. De lá até a capital, a distância é de, aproximadamente, 120 quilômetros. Por essa razão, estaria a costa do município de Vitória dentro do raio dos danos a serem causados ao meio ambiente marinho e às funções ecológicas, turísticas e econômicas que o mar exerce na cidade de Vitória.

Avaliação

André Luiz Silva Sobral
Ação conjunta de monitoramento do mangue
Proteção ao manguezal de Vitória é uma das preocupações da administração municipal

"A Prefeitura de Vitória está acompanhando de perto toda possibilidade de impacto da tragédia por ocasião do rompimento da barragem no ecossistema marinho. Por isso, solicitamos informações às empresas sobre avaliação da possibilidade de agressão ao nosso ecossistema, com um relatório de ações preventivas que estejam sendo feitas, e também já começamos a monitorar a vida marinha para detectar todas as possíveis alterações", disse o prefeito Luciano Rezende.

Fórum

O secretário municipal de Meio Ambiente, Luiz Emanuel Zouain, já reuniu sua equipe técnica e vem programando ações de enfrentamento ao problema. Ele propôs a criação de um Fórum Permanente entre os municípios para que sejam estudadas ações em conjunto.

"Vitória é parte fundamental do todo que compõe a zona costeira de nosso Estado. Nossa secretaria coloca seus equipamentos náuticos e seu corpo técnico de funcionários à disposição do Instituto Estadual de Meio Ambiente (IEMA) e das ONG´s que estão trabalhando para amenizar o impacto desta que é a maior tragédia ambiental da história do nosso País", concluiu Luiz Emanuel.

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