Microcefalia não é barreira para alegria e disposição de dona Zilda no CCTI
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Por Paula M. Bourguignon, com edição de Matheus Thebaldi
Carlos Antolini
Dona Zilda participa das atividades do Centro de Convivência da Terceira Idade do Centro
Carlos Antolini
Aluna faz questão de participar das aulas de música para integrar o coral do espaço
Quem observa a corredora, atriz e musicista Zilda Vieira, de 75 anos, percebe a vitalidade no olhar, o sorriso contagiante e a disposição nos treinos e não imagina a sua trajetória de vida.
Ela é uma idosa vitoriosa tanto na vida quanto no esporte por quebrar preconceitos e conquistar muitas medalhas em sua história. O início da caminhada já foi difícil, e Zilda teve de superar a microcefalia - doença em que a cabeça e o cérebro da criança são menores que o normal -.
Porém, a doença não a limitou. Pelo contrário, ela cresceu driblando o problema e o preconceito e não tirou o sorriso e a persistência de sua caminhada. O Centro de Convivência para a Terceira Idade (CCTI) também contribuiu para isso. "Hoje, só vivo alegre, rindo e brincando com os amigos. Sou muito feliz. Sinto falta dos meus pais, apesar de não ter sido criada por eles. Eu sou vitoriosa e venci muitos obstáculos, e ainda tenho mais tempo para vencer".
CCTI
Desde 2010, ela frequenta o Centro de Convivência para a Terceira Idade (CCTI) do Centro. No espaço, Zilda faz aulas de alongamento e participa da banda Só Maior e do coral. Ainda sobra tempo para fazer aulas de pintura e teatro e atuar no projeto Tempo de Ler.
"Tenho muitas amizades. As pessoas aqui me recebem muito bem. Somos uma família no CCTI, brincamos e conversamos sempre. É nesse lugar que cresci e passei a viver. Apesar de morar 12 anos na Cidade Alta, só vivia muito doente. A partir do momento em que conheci o CCTI, eu mudei meu astral. No CCTI, eu aprendi, principalmente, o respeito. Temos que saber respeitar não só o ambiente, mas respeitar o limite de cada um. Antes de fazer as coisas, saber suas atitudes".