Publicada em 21/09/2012, às 10h00
Por Brunella França, com edição de Matheus Thebaldi
Mucane e Fafi comemoram 35 anos de Dança Afro Brasileira Cênica no Estado

A Dança Afro Brasileira Cênica no Espírito Santo comemora 35 anos. Para celebrar a data, o Museu Capixaba do Negro "Verônica da Pas" (Mucane) e a Escola Técnica Municipal de Teatro, Dança e Música Fafi preparam uma atividade em conjunto.
Nesta terça-feira (25), a partir das 18h30, haverá roda de conversa sobre a história da Dança Afro no Espírito Santo (método Mercedes Batista) com Renato Santos (coordenador de Dança da Fafi), Gilberto Mendes (professor de Dança da Fafi e coreógrafo do Grupo Negra-Ô), Walter Lima (Cia Cumby de dança) e Renata da Luz (gerente estadual de Promoção de Política da Igualdade Racial).
Além disso, o público assistirá a uma performance do bailarino e professor Renato Santos; coreografias dos alunos bailarinos da Fafi; coreografia dos alunos da Oficina de Danças Populares do Mucane e participarão ainda de aulão com o grupo Negra-Ô
O método de dança criado pela bailarina Mercedes Batista nos anos 1930, a Dança Afro Brasileira Cênica, junto com o Balé Clássico, são as escolas de bailados que mais tempo atuam em terras capixabas. A programação busca promover e divulgar a história da Dança Afro Brasileira Cênica e seus precursores no Espírito Santo e marca a inauguração do palco externo do Museu Capixaba do Negro "Verônica da Pas".
Histórico
A Dança Cênica Afro Brasileira tem início em terras capixabas em 1977, com Mercedes Batista, a precursora da Dança Afro Brasileira no mundo. Ela veio a Vitória a convite de Lenira Borges, então Diretora Artística do Grupo Experimental de Dança do Espírito Santo e Maitre de Ballet do Ballet Stúdio Lenira Borges.
Mas foi em 1991, na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com os alunos do curso de Educação Física, que surgiu o primeiro grupo profissional de Dança Afro Brasileira do Estado, o "Negra-Ô", tendo como fundadores Ariane Meireles, Renato Santos (ex-alunos do Ballet Stúdio Lenira Borges), Walter Lima e Ana Cecília.
A primeira coreografia montada para o Negra-Ô foi Oba Chirê, do coreógrafo baiano Paco Gomes, tendo como assistente o coreógrafo Gil Mendes, apresentada nos teatros José Carlos Oliveira e Carlos Gomes, em 1991.
Por meio dos aulões de dança do grupo Negra-Ô, nos anos 1990, principalmente nas aulas ministradas na Fafi e no Mucane, a Dança Afro Brasileira Cênica se difundiu e revelou grandes nomes para a dança capixaba e originou outros grupos, como Afro Dandara, Cia Cumby, Homem Cia de Dança Contemporânea.
SERVIÇO
35 anos de Dança Afro Brasileira Cênica no Espírito Santo
Programação: roda de conversa, performance, coreografias e aulão de dança.
Quando: terça-feira (25), a partir das 18h30
Onde: Museu Capixaba do Negro “Verônica da Pas”. Avenida República, 121, Centro.
Mais informações: 3222-4560
Entrada gratuita.