Imprensa
Oficina de Mediação de Conflitos avança na aproximação de polícia e comunidade
Publicada em
Por Brunella França, com edição de Matheus Thebaldi
Com a colaboração de Bartolomeu Freitas
A oficina de Mediação de Conflitos, realizada nestas quinta (20) e sexta-feiras (21), pela agência ONU Habitat, na Unidade Sanitária de Nova Palestina, na Grande São Pedro, é avaliada como mais um passo na proposta de aproximação e construção de um novo diálogo entre a comunidade de São Pedro e as polícias que atuam na região.
Nesta oficina, que é a segunda de uma série de encontros, a Prefeitura de Vitória participa por meio do Circuito Cultural, uma ação da Secretaria Municipal de Cultura (Semc), e da Secretaria de Cidadania e Direitos Humanos (Semcid).
A capacitação faz parte do Programa "Conjunto Segurança com Cidadania: prevenindo a violência e fortalecendo a cidadania com foco em crianças, adolescentes e jovens em condições vulneráveis em comunidades brasileiras".
Representantes da 5ª Companhia de Polícia Militar de São Pedro e da Guarda Civil Municipal, lideranças da comunidade local e gestores públicos conversaram e apresentaram vivências e opiniões. A atividade é um avanço importante para promover a aproximação e melhorar as relações de diálogo entre comunidade e polícias no território de São Pedro.
Avaliações
"A capacitação foi muito positiva e representa um avanço no sentido de continuarmos a construção do projeto Papo Reto, que buscará, a partir de várias ações conjuntas, a harmonia da relação entre a população e as polícias", considerou a coordenadora do Circuito Cultural, Lena Cogo. Do Circuito Cultural também participaram os oficineiros Uédson Miranda e André Fadini.
Para a consultora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) do Programa Conjunto em Vitória, Juliana Mattedi, "a oficina é provocante, instigante e se torna um espaço para conversas em que a polícia fala do seu trabalho e perspectivas e a comunidade relata suas experiências". Segundo ela, com isso, o PNUD está investindo em capital humano, em multiplicadores, para a mediação de conflitos e melhoria das relações entre polícia e comunidade.
"Acho que nesta oficina se avançou no entendimento entre as partes. Porque, a partir do conhecimento, é facilitado o diálogo, e esse diálogo tem tudo para acontecer", comentou o sargento da PM Cláudio Roberto Figueira. Ele entende que, além dos representantes de instituições, lideranças e chefes também deveriam participar das próximas oficinas.
O palestrante Carlos Eduardo Alcântara Brandão comentou: "É um fato que mudanças já estão acontecendo aqui e essa disposição desses representantes estarem aqui é um sinal de que há possibilidades de se estreitar esse relacionamento marcado por preconceitos".