Imprensa
Rock e debate sobre música alternativa marcam 3º Festival de Bandas de Garage
Publicada em
Por Janete Carvalho, com edição de Deyvison Longui
A temperatura agradável do final de tarde foi um bom motivo para os jovens curtirem um show de rock ao ar livre, na praça do Papa, neste último final de semana (1º e 2), durante a realização do 3º Festival Bandas de Garage, uma parceria da Prefeitura de Vitória e a empresa Anexo Cultural, na área da XXIII Feira do Verde.
Músicas internacionais, principalmente, com seus embalos acelerados, mexeram com a juventude que prestigiou o festival. O evento fez parte da programação cultural da Feira do Verde e prosseguiu no domingo (02), completando uma agenda de repertório de 20 bandas.
As apresentações aconteceram até as 22 horas, no palco montado no estacionamento em frente à Capitania dos Portos. Os shows ocorreram das 13 às 15 horas e das 18 às 22 horas.
No primeiro dia do festival, no sábado, um dos destaques foi Garage Fuzz, de Santos (SP) e P.R.O.L. Hardcore, do Rio de Janeiro, que impressionaram com o metal pesado. Já no domingo, desde o início da tarde, eles resistiram ao dia ensolarado, tocando rock alternativo com as bandas do Espírito Santo e também de fora, como Niterói, Nova Friburgo, e um dos destaques, a banda Mundo Livre S.A. que trouxe rock e maracatu de Pernambuco e encerrou o evento, após as 22h. O jovem Marcelo Miranda, 29 anos, disse que saiu de Jardim Camburi para prestigiar a banda porque gosta de rock metal.
Debate
A iniciativa teve como objetivo fomentar, preservar e estimular a música na cena cultural capixaba. Os organizadores do 3º Festival de Bandas de Garage também levaram momentos de debate sobre a organização de uma banda de rock. No auditório Ilha do Lameirão, houve um importante debate sobre música como alternativa de vida. Participaram o VJ da MTV Luiz Thunderbird, que veio de São Paulo, e a empresária de Vitória, Aline Yasmim, e o escritor e jornalista da Rede Gazeta, José Roberto Santos Neves.
Thunderbird estreou como músico em 1990 e se diz roqueiro convicto. Aos 50 anos, ele se sente com o vigor de 20 quando o assunto é rock. No encontro com os jovens capixabas ele debateu sobre a principal coisa para crescer como músico. "É preciso ter muito gosto pelo rock, pois gostar do que se faz leva você a superar as dificuldades gigantescas que aparecem quando está se colocando no mercado da música", disse ele.
Conforme o organizador do festival, Sandro Firmino, nos anos anteriores, os festivais aconteceram no Sambão do Povo e também contaram com a participação de bandas de outros Estados. Ele comentou também que o festival surgiu depois de constatar que, entre jovens e adolescentes, é enorme a vontade de subir ao palco porque eles estão envolvidos no universo da música e buscam uma oportunidade.