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Semcid lança e debate livro "Memórias de uma Guerra Suja" nesta terça-feira

Publicada em

Por Thiago Alves Pereira, com edição de Matheus Thebaldi

Com a colaboração de Ariane Rodrigues


Foto Divulgação
Capa do livro "Memórias de uma guerra suja" de Cláudio Guerra
O livro "Memórias de uma Guerra Suja" relata os bastidores e os acontecimentos no período da ditadura

Com o intuito de debater o que aconteceu durante o período da ditadura e subsidiar a discussão sobre "Direito à memória e à verdade" em âmbito nacional, a Secretaria Municipal de Cidadania e Direitos Humanos (Semcid), junto com o Fórum "Direito à Memória e à verdade", realiza o lançamento e o debate do livro "Memórias de uma Guerra Suja", dos autores Marcelo Neto e Rogério Medeiros, nesta terça-feira (24), às 18 horas, na Semcid.

O livro tem o mérito de ser o primeiro contado por um ex-agente da ditadura, Claudio Guerra. "A importância do livro para a sociedade é para conhecer a história e como o lema do movimento é 'Lembrar para não esquecer'. A ideia é não esquecer o que realmente aconteceu no Brasil", conta Francisco Celso, coordenador do Fórum Memória e Verdade do Espírito Santo.

Para o subsecretário de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Christovão Colombo, o evento demarca um novo momento na história do Brasil e dos Direitos Humanos. "O evento se torna importante porque não deixa que as atrocidades acometidas durante a ditadura sejam esquecidas. Com isso, conseguimos seguir junto com o País na discussão de 'Direito à Memória e à Verdade', dando um respaldo a familiares e amigos das vítimas".

O evento acontecerá no auditório Alexandre Martins de Castro Filho e conta com a participação dos expositores Rogério Medeiros e Perly Cipriano, dos debatedores Suzana Tatagiba (Sindijornalistas-ES), Leandro Machado (Sindlegis-ES), Jeane dos Santos (Levante Popular da Juventude), Cássio de Moraes(OAB/ES) e Cláudio Vereza (deputado estadual).  A coordenação da mesa fica por conta de Francisco Celso Calmom.

Obra

A obra revela os bastidores de uma parte do trabalho de destruição da esquerda brasileira durante os anos 70 e início dos 80. É o depoimento, em primeira pessoa, de um ex-delegado do DOPS que foi o principal agente de um grupo de militares fora da cadeia de comando oficial das Forças Armadas.

No início, eles foram autorizados pelo Governo Federal a promover a matança e o aniquilamento da esquerda, o que incluía o desaparecimento dos corpos das vítimas. Depois, estes mesmos militares começaram a se rebelar contra o comando oficial.

Cláudio Guerra, ex-delegado do DOPS, conta o que viu e o que fez. Seu nome não está em nenhuma das listas de agentes torturadores, feitas pelas organizações de esquerda, porque na verdade ele nunca torturou ninguém: sua missão era matar.