Servidora municipal lança quatro obras na 6ª Bienal Capixaba do Livro

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Tratar em textos literários as diferentes fases da vida. Assim se apresenta a proposta de "trilogia poética", projeto de estreia como escritora da assessora técnica da Secretaria Municipal de Cultura (Semc) Lilian Menenguci.

A autora, que é professora e doutora em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), lançará neste sábado (12), a partir das 17 horas, na 6ª Bienal Capixaba do Livro, no estande da Livraria Logos, no estacionamento do Shopping Vitória, os títulos "Os medos de Lili", "Casa de Papel" e "Palarvas de Borboletras", pela editora Cousa, e também o livro "Educação, Educação Especial, Inclusão e Arte: para além do chão e dos muros da escola comum".

"Os medos de Lili", "Casa de Papel" e "Palarvas de Borboletras", segundo Lilian, são produções que representam a infância, a adolescência e a vida adulta. A publicação dos livros tem o incentivo da Lei João Bananeira (lei nº 4.368/05). Já o livro "Educação, Educação Especial, Inclusão e Arte: para além do chão e dos muros da escola comum" (editora Appris) resulta de sua tese de doutorado.

Para Lilian Menenguci, escrever é sempre muito saboroso. "Gosto do exercício quase arqueológico que é procurar a palavra mais adequada para marcar o que quero. Gosto dessa tentativa de traduzir o que penso e sinto. Claro, é sempre uma tentativa. Quanto à escrita dos livros, cada um deles resulta de diferentes momentos da minha vida. Eles não foram escritos um de cada vez, ao contrário. Todos ao mesmo tempo! Só depois, quando me dei conta do volume de coisas escritas que tinha, decidi que era hora de organizar. Até aí, tudo bem. Mas a questão maior sempre foi mostrar o escrito. Sentir como o outro recebia o que lia", detalhou a escritora.

Lilian Menenguci, que é servidora municipal (desde 2002) lotada na Secretaria de Cultura, elenca algumas influências sobre sua "tessitura poética e acadêmica". Além de um bom dicionário da Língua Portuguesa e de Sinônimos e Antônimos, acompanham-na referências femininas na Literatura, como Cecília Meireles, Clarice Lispector, Lia Luft e Virginia Woolf. Entre os escritores, ela destaca Caio Fernando Abreu.

Mas o "fazer poético" e suas influências, segundo ela, não se restringem aos literatos. "Gosto de ouvir Secos e Molhados, Arnaldo Antunes, Luiz Tati e José Miguel Wisnik e de ver as obras de Akira Kurosawa. Gosto de arte abstrata, de dialogar com Gregory Bateson e Edgar Morin. As pessoas são sempre ótimas referências, as minhas três sobrinhas, então...!" Além disso, Lilian destaca a influências de suas memórias, histórias e "travessias".

Comum entre seus livros literários é a metamorfose. Neles existem possibilidades de rompimento com o tradicional, quando esse impede a "saída do casulo". "Uma das coisas mais marcantes durante o processo de criação e produção dos livros foi o encontro com os ilustradores Gê Viana, Gustavo Machado e Ligia Yamaguti. Cada um deles teve um papel fundamental nesse processo. Os livros são nossos!" .

Livros

• "Os medos de Lili" (ilustração de Gê Viana e Ligia Yamaguti): "Chamar os medos pelos nomes que eles têm é uma aventura que cresce com cada um de nós. Essa é a essência da narrativa deste livro. O público infantil, imediatamente, se reconhece com ele. Os adultos, contudo, também não resistem. Isso porque medo todo mundo tem", disse Lilian.
• "Casa de Papel" (capa de Gê Viana e ilustrações de Gustavo Machado): é a tentativa de habitar poeticamente o mundo. São 20 poemas ilustrados. Com isso, autora, ilustrador e leitores seguem brincando e reinventando múltiplos papéis. "As palavras, as ilustrações, as sonoridades, disse a autora, são resultados das primeiras curiosidades, brincadeiras e invenções de cada um de nós. Cada um é convidado a ser construtor da sua própria forma de habitar a Casa de Papel. Vida que se renova!"
• "Palarvas de Borboletras" (capa de Gê Viana): Lilian explica que "a palarva é a larva; o coração, casulo; a ideia, borboleta. Farfalham as asas, palarvas, para voos mais ousados". Ainda segundo define, o livro é um "complexo agridoce recheado de ambivalências complementares. Textos, poemas que tratam do particular universal nosso de cada dia e noite-dia".
• "Educação, Educação Especial, Inclusão e Arte: para além do chão e dos muros da escola comum" (editora Appris): propõe a religação entre as políticas públicas para que a inclusão, de direito, se dê na prática. Amplia a conversação a esse respeito para além da escola e indica um diálogo entre a educação, a cultura e a saúde a partir da arte enquanto campo de produção de conhecimento. Convida e provoca outros autores e atores para essa empreitada.

Serviço

Estreia literária da servidora da Semc Lilian Menenguci na 6ª Bienal Capixaba do Livro

Livros: “Os medos de Lili”, “Casa de Papel”, “Palarvas de Borboletras” e “Educação, Educação Especial, Inclusão e Arte: para além do chão e dos muros da escola comum”

Onde: estande da Livraria Logos, na 6ª Bienal Capixaba do Livro, que ocorre no estacionamento do Shopping Vitória, na Enseada do Suá

Quando: sábado (12), a partir das 17 horas

Entrada gratuita