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Workshop científico aborda práticas de conservação da biodiversidade marinha

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Por Giovana Rebuli Santos (girsantoseira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Matheus Thebaldi


Andre Sobral
Feira do Verde Biodiversidade marinha na costa Capixaba
Pessoas assistem a palestra durante Workshop Científico que tratou da biodiversidade da Costa Capixaba

Após explicar como é rica a biodiversidade marinha na costa capixaba, o workshop científico continuou durante a tarde desta segunda-feira (26) trazendo o tema "Projetos de Conservação Marinha do Espírito Santo".

O primeiro palestrante foi o capitão de Mar e Guerra Rogério Paulo Vaz de Araújo, que explicou sobre a Lei 9537/97, que trata da segurança do tráfego aquaviário em águas sob jurisdição nacional. Ele também abordou a Lei 9966/2000, conhecida como "lei do óleo", mas frisando que a Marinha do Brasil controla e fiscaliza qualquer substância nociva ou perigosa que é lançada nas águas brasileiras, e não apenas o óleo.

Outro membro da Marinha do Brasil que participou do workshop científico foi o capitão de Mar e Guerra Camilo de Lellis Menezes Felippe de Souza. Ele falou sobre o Programa Pró-Trindade, no qual a Marinha apoia logisticamente projetos científicos e tecnológicos na Ilha de Trindade.

Ele lembrou que, com o apoio da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), foi construída em dezembro de 2011 uma base científica para os pesquisadores que ficam na ilha.

Depois, o biólogo Caio Marques abordou os acidentes envolvendo o albatroz na pesca oceânica. O pesquisador explicou que, muitas vezes, a ave acaba presa ao anzol da pesca ao tentar pegar a isca. Para evitar esse tipo de acidente, a equipe da ONG Projeto Albatroz tem orientado os pescadores a utilizar um equipamento chamado Toriline próximo de onde são jogadas as iscas, impedindo que as aves tentem comê-las e sejam pegas também.

O Toriline consiste em dois postes altos, com fitas coloridas no topo para afugentar as aves. Caio também explicou que a equipe pinta lulas, usadas como iscas, de azul, para que elas fiquem da mesma cor do mar, evitando que os albatrozes vejam as iscas. Outra providência para evitar acidentes é realizar a pesca à noite, o que dificulta a visão dos animais. Caio lembrou que, por ano, 100 mil albatrozes morrem nesse tipo de acidente.

Andre Sobral
Feira do Verde Carta de Recomendação Costa Capixaba
Participantes leram Carta de Recomendações com metas e observações a respeito da preservação da biodiversidade da Costa Capixaba

Os participantes também puderam ouvir os avanços que o Projeto Tamar vem obtendo desde a sua fundação, há mais de 30 anos, especificamente no Espírito Santo. João Carlos Thomé explicou que, com a participação da comunidade, o projeto consegue multiplicar seus resultados. "Percebemos que as perdas de tartarugas diminuem a cada ano", afirma.

O workshop terminou com a socióloga Heloísa Dias, da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA), que explicou o Projeto Conexão Abrolhos-Trindade. Heloísa reforçou a importância do espaço para o estudo da biodiversidade marinha.

Carta de Recomendações

Após o Workshop, os participantes leram uma Carta de Recomendações feita por especialistas com metas e observações a respeito da preservação da biodiversidade da costa capixaba.

Os participantes demonstraram a importância de ser criado um Fórum Capixaba dos Recursos do Mar, a fim de se discutir permanentemente o assunto. A Carta de Recomendações será lida novamente nesta terça (27), no Seminário de Desenvolvimento Sustentável na Costa Capixaba.